Um jovem Principe da Ásia habitava no palácio do seu pai. Encontrava ali tudo aquilo de que sentia desejo. Mas ainda assim não se sentia feliz. Um belo dia encontrou numa floresta próxima um velho de longos cabelos brancos que respondeu à sua ansiedade com uma voz muito doce: "a felicidade é uma coisa muito dificil de encontrar sobre a terra; apesar disso, conheço uma maneira de a encontrar" - e qual é ela?, inquiriu o Principe. - "Tens de vestir a camisa de um homem que disfrute de felicidade". Após esta troca de palavras o homem jovem abraçou o homem velho e dispôs-se a deixar o palácio. Partiu por essas terras mundo afora. Visitou todas as capitais da terra. Dizendo quem era, vestiu a camisa de reis, a camisa de milionários... mas apesar de tudo isso não se conseguiu sentir feliz. Vestiu a camisa de mercadores, de marinheiros, a camisa de soldados. Mas a tristeza continuava a habitar no seu coração. Concluiu uma volta completa ao mundo, sem encontrar a felicidade. Um dia, quando se predispunha a iniciar o caminho de regresso a casa do seu pai, ouviu uma juvenil voz melodiosa num campo. Levantou a cabeça e viu um jovem camponês que puxava pela sua charrua e ia cantando. Ena pá, ena pá! até que enfim descubro alguém que parece ter encontrado a felicidade. E dirigindo-se ao trabalhador, perguntou-lhe: "não me digas!? tu és feliz? - Sim, respondeu o outro. Como é que fizeste para seres assim? - Repara! - e o jovem camponês andando uns passos apontou-lhe uma modesta casinha num vale ao lado de um bosque. "Vês, aquela ali? é a minha mulher e o miúdo ao colo dela é o meu filho. É por eles que eu trabalho e me sinto feliz" - Ai sim?, então vende-me a tua camisa. Surpreendido, o trabalhador de tronco nu, respondeu-lhe: "a minha camisa!? nem penses nisso! ...
1 comentário:
Por vezes a realidade
ultrapassa a ficção
Tudo pelo melhor
Abraço
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