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sexta-feira, dezembro 27, 2013

Feliz aniversário, camarada Mao! (nos 120 anos do seu nascimento)

Durante o mandato de Mao Tsé Tung, a expectativa de vida e as taxas de alfabetização da China dispararam – neste dois pilares assentaram as sementes do crescimento económico futuro do país, desde então firmemente estabelecidas.

seremos uma geração de 1,3 mil milhões de revisionistas?...
Acusa-se o regime chinês depois do “golpe-de-estado” de 1976 liderado por Deng Xiao Ping de “capitalismo selvagem” e pró ocidental. Mas tal interpretação é discutivel, se nos lembrarmos que foi o próprio Mao que recebeu Richard Nixon e Henry Kissinger, estabelecendo desta forma uma distanciação efectiva da natureza do regime dito social-fascista da URSS depois do XX Congresso. Muito do actual panorama na divisão internacional do trabalho deve-se a esse evento deveras singular dos anos 70. Um país, dois sistemas. Nas relações externas a China concorre em igualdade de circunstâncias, depois da derrocada da URSS, com a hiperpotência global única. Na frente de desenvolvimento interno, a China continua a ser uma país socialista, com uma economia planificada, em defesa da propriedade colectiva. É um regime em ascenção, baseado no intercâmbio comercial entre-iguais ; os Estados Unidos têm uma organização politica em declínio pelo esgotamento do modelo de exploração imperialista de imposição de trocas desiguais.

As esperanças de emancipação de milhões de trabalhadores espoliados por todo o mundo está de olhos postos na vitória a nível global do modelo da China.

"E se não tivesse havido nenhum Mao, ou Revolução Chinesa, ou Revolução Cultural?, de que modo a China - e de facto o mundo – teriam sido diferentes? Quantas pessoas não viveram mais longas e significativas vidas? Quantas pessoas não teriam o suficiente para comer? Quantas pessoas não teriam aprendido a ler e escrever? Quantas pessoas não teriam sequer atingido a idade de 35 anos? Será que a China teria sequer quebrado o ciclo de subdesenvolvimento em que tinha permanecido encerrada durante tantos séculos? Será que a China ainda existiria como um país unido, ou teria sido quebrada em pedaços e dividida pelas diferentes potências coloniais? Será que a China teria libertado totalmente centenas de milhões de pessoas da pobreza?" – as forças progressistas que se empenhem em adivinhar a resposta a estas perguntas.

É um debate que merece ser levado a efeito. O Partido Comunista da China continua a existir (por contraste com o PCUS que por não ser "tão ditatorial" se eclipsou); E não está documentado em lado nenhum, excepto na literatura de cordel para parolos de autores reaccionários, que o regime hoje existente na China seja assim tão "sanguinário" - o Governo tem a aprovação de 80% da população, um indice sem paraelo nas democracias ocidentais. Tem aqui primazia interpretar o PCC como tendo uma politica de combate contra o imperialismo yankee (o principal inimigo dos povos, se bem nos devemos recordar) utilizando as suas próprias armas - no campo do capitalismo; e esta percepção, numa óptica progressista, está a ter sucesso. Qualquer maoista, vê com muito orgulho as notas de yuan com a efigie do Presidente Mao estarem hoje praticamente equiparadas ao Dólar em termos de valor, estando este à beira do colapso (porque tem um valor ficticio) enquanto o Yuan representa a medida correcta, sem especulação, de trabalho acumulado. É indesmentivel que esta é uma interpretação marxista da história - com resultados que vemos ano após ano ter um sucesso sem paralelo nos tempos modernos.

1 comentário:

Anónimo disse...

"As esperanças de emancipação de milhões de trabalhadores espoliados por todo o mundo está de olhos postos na vitória a nível global do modelo da China."

AH AH AH AH AH AH AH AH AH AH !!!!

Que sentido de humor ! Hi Hi Hi Hi!

Quer então dizer que esses tais espoliados aspiram a viver num regime em que nem os deixam cometer suicidio para fugir da miseria e da humilhação?

P. Lopes