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segunda-feira, dezembro 02, 2013

somos burros entalados... a meio entre os neocons europeus e os neocons norte-americanos. Resta a sugestão do Saramago de nos atirarmos ao Atlântico por aí abaixo...

... de um lado temos o New York Times a alimentar os burros yankees com paliativos que lhes desviem a atenção de - mesmo às custas do saque imperialista sobre os pobres em todo o mundo - já não conseguirem tampouco garantir um rendimento minimo de subsistência aos seus galhardamente orgulhosos (e igualmente broncos) nacionalistas. Do outro lado temos o Pacheco Pereira a alimentar os nossos burros dissidentes de balcão de snack-bar apenas contra o governo.
não penses que estamos sós...
Como se a seguir a este governo não viesse outro governo igual a este governo. "Na verdade, estou farto de exibições de confrangimento público e exercícios de “preocupação social”, escreve ele no pasquim da Sonae sobre o genocidio económico que se abate sobre os nossos idosos e reformados (diz isto, mas não por estas palavras, o que equivale a dizer que não disse). Na verdade estamos todos fartos da famigerada técnica judeo-americana do double speack (discurso-duplo) - aliás, esta definição na wikipedia nem página traduzida em lingua tuga tem - como é evidente, para educar burros não é preciso que enfardem palha inteligente

Regressando à vida real... o país foi intencional e sistematicamente desindustrializado por via dos acordos europeus da nova divisão internacional do Trabalho, que radica basicamente na experiência chilena de implantação do neoliberalismo em 1973. A indústria tem hoje apenas 14% de peso no PIB português (1). Nas presentes condições, se praticamente não existe classe operária que produza, levando em linha de conta outra tortuosa elaboração de outro pacheco, cabe aqui citar Engels:
«A concepção materialista da história parte da tese de que a produção, e com ela a troca dos produtos, é a base de toda a ordem social; de que em todas as sociedades que desfilam pela história, a distribuição dos produtos, e juntamente com ela a divisão social dos homens em classes ou camadas, é determinada pelo que a sociedade produz e como produz o pelo modo de trocar os seus produtos» (“Do Socialismo Utópico ao Socialismo Cientifico”, Friederich Engels, 1880)

(1) Cresce e desaparece? Devagar, devagarinho, lá se vai apanhando mais um ou outro burro coxo: "Lider dos "socialistas" dizia em Fevereiro que anda a tratar do Crescimento e do Emprego"

2 comentários:

Bate n-avó disse...

Eu sei que sou melga, mas o link "(1). Nas presentes condições, se..." Não funciona.

Agradecido.

xatoo disse...

o link redirecciona para uma discussão na página de facebook do João Vilela, que pode por alguma razão ter ficado indisponivel. mas está a funcionar
disponha sempre