Pesquisar neste blogue

terça-feira, julho 15, 2014

os Espiritos, Dívidas Ocultas, Crise e Social Democracia

o Grupo Espirito Santo esteve sempre ligado a negócios que deveriam ter caído sob a alçada da Justiça (Paulo Morais)
 
Pela pena da doutorada em facebooklogia Anabela Melão trata-se agora, tal como os boys da Social Democracia, de ressuscitar a alma e o espírito demagógico do morto que os lidera... o que disse Sá Carneiro há 36 anos «Portugal Necessita de um Projecto Mobilizador", ou seja, dizia mais ou menos o mesmo que está neste momento a dizer o António Costa do socialismo dentro da gaveta, citando: (...) estamos fartos da Demagogia e do Sectarismo. E os Portugueses? Fartos dos malabarismos que os partidos do poder fizeram para a ele se manterem agarrados, correspondem a esta crise política com uma atitude de profunda indiferença, que é altamente preocupante em democracia. (...) Face a esta crise nacional, face a um país angustiado, desagregado e à deriva, em que se fracionaram os sentidos de solidariedade e de interesse nacional para serem substituídos por uma política do salve-se quem puder, o Povo Português esperava que este debate lhe trouxesse finalmente uma esperança nova de ver os partidos discutirem aqui os verdadeiros problemas nacionais, de ver os partidos reconsiderarem aqui as suas posições, reconhecerem os seus erros, disporem-se a encetar vida nova.» Francisco Sá Carneiro, in 'Assembleia da República (1978)"

Ampliar
Dois anos mais tarde vinha a público o escândalo da divida de Sá Carneiro precisamente ao Banco Espirito Santo no valor de 33.000 contos e que nunca foi paga. Esta história de ocultar dividas nas contabilidades dos bancos é tão velha quanto a promiscuidade entre politicos e banqueiros. Como na altura houve processos judiciais por "difamação" há obra publicada sobre isso.
Relendo da época, o Jornal O Diário, 1980:
"Antes do 25 de Abril, o cidadão Francisco Lumbralles de Sá Carneiro, figura política já conhecida por ter sido um dos deputados "liberais" escolhidos por Marcello Caetano para animar a Assembleia Nacional fascista, contraiu com seu irmão Ricardo uma dívida de alguns milhares de contos junto do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa. Objectivo "social" do dinheiro assim obtido: entrar no círculo desenfreado da especulação bolsista que então se vivia. Entretanto, veio o 25 de Abril e a Bolsa foi fechada. A dívida ficou. Os irmãos Sá Carneiro esperaram, de acordo e conivência com os seus amigos do BESCL, que a intentona reaccionária do 28 de Setembro triunfasse. Perderam essa cartada, mas não pagaram a dívida. Veio o 11 de Março e o BESCL foi nacionalizado. Estava comprometido a fundo com o financiamento de várias organizações contra-revolucionárias. A partir de então, Francisco Lumbralles de Sá Carneiro, que fizera parte do l Governo Provisório, foi mais longe: procurou por vários meios fraudulentos fugir ao pagamento de uma dívida à banca entretanto nacionalizada e que, contando os juros, começou a subir. Actualmente, cifra-se, pelas contas de «o diário», em 33600 contos. Este livro condensa, documentalmente, a evolução de um escândalo político que já ultrapassou as fronteiras do nosso País e do nosso continente. Sá Carneiro é Primeiro-Ministro, os seus actos não podem ser dissociados do lugar que ocupa. Ao denunciar nas suas colunas aquilo a que justamente chamou o Watergate português, «o diário» cumpriu e continua a cumprir um acto de higiene política voltado para a defesa da inteligência e dignidade do Povo português, das instituições democráticas, do Portugal de Abril"

4 comentários:

Diogo disse...

Caro Xatoo,

Santa ingenuidade! Como se fossem os merdosos dos políticos a dar ordens à Banca…

xatoo disse...

Não percebo onde está "ingenuidade". os Bancos precisam de clientes dispostos a endividarem-se. Os clientes precisam da Banca para fazer coisas nem que para isso seja preciso contrair dívidas chutando as facturas lá mais para a frente. O que eu escrevi foi: "Esta história de ocultar dividas nas contabilidades dos bancos é tão velha quanto a promiscuidade entre politicos e banqueiros". Posto isto, o post consta de 2 citações, uma do então lider do PSD, outra do jornal que lhe descobriu a careca. Bom, se os politicos não mandam, é certo que deviam mandar - porque o sistema bancário não é nenhuma estátua de bezerro de ouro que não possa ser demolida. Assim se consiga mudar de paradigma para que exista vontade politica para isso

ps. Diogo, para evitar bocas redundantes, acho que devias ler o que está escrito e reflectir antes de comentar

Bate n-avó disse...

Caro Amigo, não tenho Livrocara, este link não deixa ler, poderia pôr de outra maneira s.f.f.
"... nova.» Francisco Sá Carneiro, in 'Assembleia da República (1978)".
Dá para a página de Anabela Melão e...!

Agradecido.

xatoo disse...

não; só acede mesmo ao facebook quem tenha uma página no facebook