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sexta-feira, setembro 05, 2014

contribuintes pagam serviço público que faz fretes às máquinas de poder dos dois partidos únicos

A empresa pública de Rádio-Televisão pagou 6,2 milhões de euros de renda pelo uso da rede de emissão de sinal à Portugal-Telecom, um consórcio de accionistas estrangeiros; a RTP gastou no último exercicio 839 mil euros em estudos de audiências,, 1,2 milhões em serviços externos de informática e advocacia,,, e apenas 947 mil euros naquilo que seria suposto ser o principal objecto da actividade da empresa, hellas, a programação. No total a RTP em 2013 gastou 3,7 mil milhões de euros.

A avaliar por este exemplo, igual ou pior se passa nos dois outros canais de televisão privados na sua feroz concorrência por mexerico-mixórdias que lhe garantam audiometrias mais favoráveis. Só empresas de medição de audiências existem 4 em Portugal (Marktest, Gfk, Meo e Nos). Para os donos do negócio de TV as audiometrias são consideradas a moeda que estrutura a exploração comercial, o tempo de visão das mercadorias para venda, as receitas dos anunciantes. Entre os mais importantes clientes estão, como é óbvio, as agências de comunicação do governo e as máquinas de propaganda dos partidos do status. E assim sendo, o que paga o contribuinte pelo seu serviço público de informação televisiva?... para além da prioridade ao futebol, aos fait-divers, telenovelas e tudo que possa contribuir positivamente para a estupidificação e viciação dos destinatários das emissões rádio-eléctricas ao assimilarem a oferta de produtos fora de prazo, o telespectador paga sobretudo para ser ludibriado - dois exemplos:

nas autárquicas 2013 não houve debates
1. na guerra dos Antónios em curso no Partido dito Socialista a RTP&Companhia vão facultar por sua opção tempo de antena em três debates sobre uma questão que apenas deveria dizer respeito às congeminações internas daquela agremiação politica. Esta é a mesma RTP (aliada às outras 2 cadeias de TV) que censurou ferozmente o acesso aos debates ao MRPP na última campanha eleitoral, em igualdade de circunstâncias com todas as candidaturas conforme a lei determina.
2. a deputada Ana Gomes numa comissão parlamentar de inquérito faz graves acusações de corrupção ao actual vice1º- ministro de Estado e ao actual presidente da Comissão Europeia – a RTP não encontra melhor forma de contornar a denúncia senão dar espaço para a leitura de 6 linhas apontando a Ana Gomes o ter incorrido em ínfimos erros factuais. E isso apaga o escândalo dos submarinos protagonizado por Portas e Barroso?
3. O fato bege de Obama

1 comentário:

Anónimo disse...

http://www.eutimes.net/2014/09/putin-arrives-at-secret-bunker-fortress-orders-nuclear-forces-to-high-alert/