Hillary Clinton escreveu uma recensão ao novo livro de Henry Kissinger "Ordem Mundial", um clichê panegirico, mas contém algumas ideas interessantes: "Kissinger é um amigo, e eu contava ele como conselheiro quando servi como secretária-de-Estado. Ele reunia-se amiúde comigo, compartilhando observações astutas sobre líderes estrangeiros enviando-me relatórios escritos das suas viagens. Embora tenhamos muitas vezes visto o mundo e alguns dos nossos desafios de forma bastante diferente, ele defendeu propostas diferentes agora e no passado, o que transparece claramente neste seu novo livro. É uma convicção que eu, Kissinger e o presidente Barack Obama compartilhamos: a crença na indispensabilidade da contínua liderança norte-americana ao serviço de uma ordem justa e liberal. Aprovamos essencialmente o "respeito pela soberanias nacionais" e "a adopção de sistemas participativos e democráticos de governo"
Avivando a memória da putativa candidata a presidente dos Estados Unidos em 2016: "Kissinger foi o secretário-de-Estado que revelou detalhes sobre as conversações de paz para o Vietname na sequência do assassinato de John F. Kennedy ao candidato presidencial Richard Nixon, informações essas que sabotaram as negociações e contribuiram decisivamente para melhorar as chances de Nixon ganhar a eleição. Kissinger é também famoso por defender e planear o golpe-de-Estado que derrubou o presidente do Chile democraticamente eleito Salvador Allende. Kissinger é responsável pela instauração da ditadura na Indonésia que assassinou meio milhão de militantes comunistas e anexou Timor-Leste. Kissinger foi de facto a individualidade que trabalhou mais de perto com o presidente Nixon, o único presidente em 238 anos de história dos Estados Unidos que se demitiu depois da pouca vergonha de ter sido apanhado em flagrante a urinar na Constituição - e Hillary Clinton quer que nós saibamos que este superjumbo bem tratadinho de 91 anos é alguém cuja concepção de democracia ela compartilha!
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
Pesquisar neste blogue
terça-feira, setembro 09, 2014
Hillary Clinton preza Henry Kissinger como amigo e elogia o seu compromisso com a Democracia
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Comentários?
God Bless America
Bem precisam!
KK
Enviar um comentário