(...) "o mais grave de todos os erros de Seguro foi a sua total incapacidade de criticar, sem ambiguidade, a política de Sócrates no Poder, que arrastou o País para a situação em que se encontrava em 2011. Costa, que foi o número dois do governo socratista, tem seguido até agora o mesmo caminho e prepara-se para continuar a política de Sócrates, muito embora com algumas breves alterações. qui faisait de la prose sans le savoir?
Seguro caiu, porque sem sequer ter exigido a submissão a referendo, assinou, com o governo de Passos Coelho/Portas, o Tratado Orçamental, que liquidou totalmente a possibilidade de salvar o País da dívida. Costa vai pelo mesmo caminho. Seguro e todo o grupo parlamentar do PS abstiveram-se na votação do primeiro orçamento de Vítor Gaspar, atitude com a qual, na altura, Costa concordou. Seguro opôs-se a que os deputados do PS requeressem a revisão constitucional daquele orçamento e, na ocasião, Costa não se demarcou de Seguro. Seguro, com o correr do tempo, tornou-se num lacaio de Cavaco, que chegou a negociar com o presidente umas eleições antecipadas para Junho deste ano, caso Seguro aprovasse os orçamentos rectificativos de 2013. Costa não chegou a tanto, mas, se algum dia entrar em São Bento, irá negociar com o PSD (talvez de Rui Rio) uma revisão da Constituição e liquidará, em nome de uma pseudo-reforma, o chamado Estado Social, ou seja, o Serviço Nacional de Saúde, a Segurança Social e o Ensino Público. Seguro pretendeu impor uma nova lei eleitoral, que eliminaria a representação parlamentar da esquerda, mas Costa tem também uma lei dessas em carteira. Finalmente, e para ficarmos apenas pelo principal, Seguro foi até ontem um lacaio das instituições europeias e do capitalismo alemão, caminho para onde irá seguir o Costa. Bem vistas as coisas, Seguro caiu pelos mesmo motivos pelos quais cairá, mais dia menos dia, o Costa..." (Luta Popular)
o calado é o melhor, e António Costa conseguiu a proeza de se ver eleito "candidato a 1º ministro" do Partido dito Socialista, sem prometer uma única medida concreta aos seus eleitores.
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