não sabemos, porque o BESA, embora criado com capitais supostamente portugueses, está fora da jurisdição nacional portuguesa.
Certo, certo, é que se o BES-Angola não pagar os supostos 3 Mil Milhões que deve é o Banco Mau que perde. E credores e accionistas recebem Zero.
E os credores, como se verá mais à frente, são afinal apenas um: é o "Banco Bom" português, o que "é nosso", segundo a lógica da batata capitalista, dos contribuintes portugueses que serão obrigados a responsabilizar-se e ter orgulho pelas coisas boas da nossa banca comercial de investimento fora do interesse nacional.
desde o colapso da bolha das Dotcom no ano 2000, até à crise dos Subprime, passando pela crise Energética (a invasão do Iraque pelo petróleo), pela actual crise das Dívidas Soberanas e do novissimo colapso do Banco BES, as empresas portuguesas mais valiosas cotadas na Bolsa de Lisboa perderam 3,7 mil milhões em pouco mais de uma década. E desde 1974 o Banco de Portugal delapidou 483,5 toneladas de ouro das suas reservas, ouro que chegou a valer 6,5 vezes mais do que no período compreendido entre 2001 e 2009, data a partir da qual o actual vice-governador do BCE Vitor Constâncio o começou a transferir ao desbarato, trocando-o por swaps e afins. Ouro vendado que a preços de hoje teria um valor de 17 mil milhões.
A crise financeira que estourou em Portugal no passado dia um de Agosto, com a bancarrota do Banco Espírito Santo (BES), teve o condão de calar todos os nossos economistas, os quais perderam totalmente a coragem de avaliar o quadro político, económico, financeiro e social dramático onde está a mergulhar a sociedade portuguesa.
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