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domingo, maio 10, 2015

emprestar, consumir, pagar

Foi o crédito fácil ao Consumo que transformou a maioria dos portugueses em escravos da Dívida.

80 por cento das famílias estão falidas – 1,4 mil milhões de euros de crédito malparado quando Coelho e Portas tomaram posse – para 5,9 mil milhões quando este “governo” está prestes a ser expulso do pote. Mas deixam metástases, um legado de “contabilidade criativa” cuja gestão de prejuízos é lançada direitinha para o próximo governo; que quando lá chegar irá dizer que não sabia, não vão poder cumprir com algum hipotético programa que tenham prometido, infelizmente temos de continuar a aplicar as mesmas, ou ainda mais, medidas de contenção de despesas ie austeridade, etc.

Cavaco tomou posse em 2006 com Portugal a dever 187,1 mil milhões de euros. Chegará ao fim do seu período de validade, já expirado à muito, com Portugal com uma dívida situada nos 228,9 mil milhões. Dados de 2014, porque entretanto até Abril de 2015 já atingiu os 234,5 mil milhões de euros. No mesmo período, os Bancos privados conseguiram diminuir a dívida de 97,8 mil milhões que se registava em 2006 para 69,2 mil milhões em 2012. Mas o Banco de Portugal que tinha em 2006 uma dívida de 4,2 mil milhões devia em 2012 dez vezes mais: 44,1 mil milhões. Voltando ao crédito ao Consumo, dizia-se que a abertura das grandes superfícies sem limites horários, incluindo aos domingos, conjugada com a “flexibilidade” cavaquista iria criar mais empregos. Viu-se. A demissão do Estado no controlo da proliferação de empregos de merda permitiu aos hipermercados destruirem milhares de pequenos comércios de proximidade nos bairros e nos centros históricos
E a labuta continua. Impõem Portugal a crescer pelo Consumo, enquanto as multinacionais estrangeiras crescem pela Produção e lucram com sangria de divisas que sai do país para pagar importações, a maioria das quais supérfluas. (p/e o Eurofund)

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