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sexta-feira, maio 22, 2015

Os 1,3 biliões de QE impressos pelo BCE excluem uma Grécia prestes a ser corrida do Euro

Vamos destruir a base sobre a qual foi construído, década após década, um sistema, uma rede, que viciosamente suga toda a energia e todo o poder económico de todas as outras pessoas na sociedade” (Yanis Varoufakis o novo ministro das finanças Grego do governo de Alexis Tsipras, Janeiro de 2015)
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"A Grécia só pode contar consigo. Graças a uma operação que envolveu uma pressão continuada, do BCE à CE, para desestabilizar finaceiramente a economia grega, incluindo por via da promoção da fuga de capitais, a situação é mais difícil hoje do que era no início em termos da relação de forças com os credores. Aparentemente, o novo governo grego não estava preparado para este nível de hostilidade e não tinha instrumentos para lhe fazer face, caso dos controlos de capitais. A mensagem do centro foi e é clara e os povos estão a escutá-la, dado que as pessoas não são parvas: toda a desobediência, por mais moderada e europeísta que seja, será punida e toda a obediência terá o seu prémio, por pequeno que este seja e obtido depois de muito sofrimento assimétrico e evitável, até por via do alívio das condições financeiras. A moeda é uma arma do soberano. Como responderão os povos a isto?"
a Desvalorização Interna na Grécia. Um ponto que parece relevante para falar sobre o Grexit (saída da Grécia da euro) é que não está claro que a Grécia precise de um grande impulso para obter mais competitividade - a "desvalorização interna" pela via da queda dos salários paga-se incrivelmente caro - mas a Grécia tem vindo a pagar custos incríveis, e tem conseguido uma queda acentuada nos salários. Porquê então a saida do euro pode acontecer? A resposta principal será a dos bancos gregos, que estão dependentes da disponibilidade de um emprestador de última instância - um papel que o governo grego não pode jogar, porque não possui o controlo da emissão da moeda. Portanto, o que isto nos diz é que se a Grécia estiver a ser afastada para fora do euro, será porque Bruxelas e Frankfurt têm outra opção para manter refém o sistema bancário grego - o argumento da Grécia que se recusou a pagar o resgate. É um tipo de perspectiva diferente, não é? (Paul Krugman)

Varoufakis recusa mais cortes, para este governo “Salários e pensões são sagrados” (Esquerda.net). E os economista da Troica sabem bem que uma subida geral da taxa dos salários resulta numa queda da taxa geral do lucro (Marx). Os dados estão lançados, haverá ruptura ou rendição?

O deputado do Syriza Costas Lapavitzas responde a Varoufakis sobre a questão do euro. Enquanto o ministro das Finanças diz que foi errado a Grécia entrar mas seria um desastre sair, Lapavitsas contrapõe: “Se nos vemos presos numa armadilha, será um desastre tentarmos sair dela? É melhor esperar que a morte chegue?” (Entrevista Press Project)

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