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sábado, setembro 03, 2005

o Homem do Leme


Manuel Halpern no JL:
A ideia veiculada em séries televisivas e livros de ficção cientifica pode muito em breve tornar-se uma realidade à escala global. Não serão os olhos de Deus, mas sim uma máquina bizarra instalada para além do nosso céu. E o jeito que não daria no “combate ao terrorismo” esse olho gigante capaz de controlar o mundo e cada um dos seus individuos.
Uma ideia aproximada do que poderá vir a ser esse futuro assustador é dada pelo Earth Google, um dos programas gratuitos mais populares do momento, que inclui imagens de satélite do mundo inteiro. Uma maravilha tecnológica de um pormenor esmagador. Os interessados só têm de fazer o download do programa em www.earth.google.com. Existe em três versões. A mais avançada é paga e destina-se exclusivamente a empresas do ramo (com sete dias à experiencia). As outras são gratuitas. Contudo, para funcionar perfeitamente, é requerido um computador relativamente recente.
Uma vez instalado o programa deixe-se deslumbrar. À primeira vista, a imagem do globo. Dois cliques no botão do lado esquerdo do rato aproximam, no botão do lado direito afastam.
Por defeito o mundo surge-nos desenhado de um ângulo pouco usual. Portugal está de pernas para o ar (eheheh). Em vez de se situar em baixo, encontra-se no topo da Europa (!). Mas basta um movimento circular com o rato para pôr o mundo ao nosso jeito. Depois é um salto no abismo. Um acelerado zoom. Dos confins do espaço até ao mais infimo pormenor, mergulho em Laveiras, descubro o edificio da Impresa e, por pouco, não consigo espreitar pela janela e ver-me a escrever este texto. Assinalando os campos, consigo saber nomes de ruas, edificios, hotéis,,, Através de um pequeno comando muda-se a perspectiva de vertical para horizontal.
De seguida, viajo até ao Afeganistão, mais rápido do que a luz, na esperança de encontrar o homem mais procurado do mundo. Mas a única coisa que descubro é uma ideia vaga de montanhas. Porque mesmo no Earth Google há primeiros e terceiros mundos. Pode-se ter uma noção bastante nítida das ruas de Nova Iorque ou de Lisboa (e de todas as áreas a sombreado), mas em locais como o Afeganistão ou Cabo Verde só nos aparece a indicação das principais localidades. Se isto já está na Internet disponível para todos, estou certo que a CIA possui tecnologia mais avançada. Alô Houston, está alguém a observar-me neste momento?

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