Amanhã 20 de Agosto terá lugar em Atlanta uma nova audição sobre o apelo no caso dos Cinco Antiterroristas Cubanos colaboradores do departamento de Segurança Nacional de Cuba, presos “por espionagem” há vários anos nos Estados Unidos. O chefe da equipa de advogados encarregue do caso pelo Estado de Cuba, Leonard Weinglass esclarece as condições legais em que pode actuar: “Temos 30 minutos para resumir 20.000 páginas de provas!”
Cuba, que quando se trata da defesa dos seus cidadãos não poupa em meios (como se viu no caso do sequestro em Miami do menino Elian González) criou uma importante comissão estatal, o “Comité Nacional por la Liberación de los Cinco” coordenada pela activista Gloria La Riva que tem trazido o caso ao conhecimento da opinião públlica internacional, criando-se de imediato e ao longo do tempo e por todo o lado uma grande onda de solidariedade. Em entrevista a Weinglass ficam esclarecidos os três precedentes na justiça americana determinados pela fúria persecutória contra o povo de Cuba:
“Esta é a primeira vez na história em que um indivíduo (António Guerrero) foi responsabilizado por uma acção de um Estado soberano em defesa do seu próprio espaço aéreo”
“Um juiz não pode fazer alegações finais que não estão sustentadas em evidências ou provas. Mas o juiz que condenou os cinco cubanos foi ainda mais além dos seus limites: afirmou que “o objectivo dos Cinco era destruir os Estados Unidos”
“ Três dos Cinco foram acusados de “conspiração por praticar espionagem” e foram condenados a prisão perpétua, sem que tivesse sido apresentado nenhum documento classificado de algum departamento de Segurança Nacional. É a primeira vez que isso acontece na história dos EUA”
Ao contrário, o cubano americano Luís Posada Carriles, velho colaborador da CIA, envolvido em crimes de terrorismo em acções comprovadas contra Cuba (o derrube à bomba de um avião causou 74 mortos e vários outros atentados) que já esteve preso na Venezuela de onde conseguiu fugir em 2002, foi ilibado por um tribunal ao abrigo de um pedido de asilo, e circula livremente por território americano. Estreou recentemente um documentário sobre o caso: “Terrorism Made in USA”
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