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Já devíamos todos saber isso.
Que o défice astronómico que os EUA devem aos credores em todo o mundo (que lhes vão pagar, se algum dia pagarem, em moeda cada vez mais desvalorizada) não é considerada como dívida deles. É dívida nossa, que lhe devemos os vultosos investimentos guerrófilos na luta contra o terrorismo inventado; o Raio que os Parta.
estou tão cansado desta América!, diz-nos Rufus Wainwright
as imagens que vemos, que acompanham a tristeza da música, expressam perfeitamente aquilo que transmite a muita gente os Estados Unidos de hoje
"Seguíamos por Mergellina, ali onde de repente Nápoles desaparece. A vastidão do mar, a sua agitação apagam-na, basta caminharmos pelo pontão. Na marginal compramos um tarallo com banha e pimenta, o vento rouba-nos o calor, nós recuperámo-lo caminhando depressa, pouca gente se arrisca ao passeio, soldados americanos com os sapatos de borracha passam a correr, o porta aviões no golfo é o único navio que não se move sobre o mar branco rasgado na crista das ondas. Maria olha os soldados americanos diz: "É uma bela raça, mas correm, correm por nada, sem nenhum motivo. Nós para desatarmos a correr é preciso que algum terramoto nos atire para fora de casa, (...)"
Erri di Lucca, in "MonteDeDio"
"sem nenhum motivo"?
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