Madame Butterfly
Decorrem os primeiros anos do século XX . Um jovem oficial americano, de seu nome Pinkerton, cumprindo serviço militar no Japão, à luz dos costumes locais compra uma casa, em cujo preço se inclui, para seu uso pessoal, uma jovem rapariga, que toma como noiva. Passado pouco tempo Pinkerton, por obrigação do ofício, regressa aos Estados Unidos, após o que, Cio-Cio-San, de seu nome diminuitivo “Borboleta”, dá à luz uma criança e, paciente e devotadamente, espera que o seu marido volte. Finalmente Pinkerton regressa – com a sua nova mulher americana. Vem buscar o menino para viver com a sua nova família.
Esta pequena parábola dramática, que deu nome a uma ópera famosa, "Madame Butterfly", (encenada e adaptada anos mais tarde a outros dramas mais contemporâneos no West End londrino como “Miss Saigão”), dá total razão à teoria do Caos: quando uma borboleta bate as asas no Oriente os efeitos fazem-se sentir no hemisfério oposto – e é o retrato fiel e a prova chapada de que, primeiro o colonialismo e depois o imperialismo, a que agora se usa chamar globalização, afinal existem – quanto mais não seja nos teatros de ópera, para consumo das élites. Concluindo, quem não tem estatuto para frequentar a cultura das élites, regra geral nega a pés juntos que o imperialismo ainda exista. Excepção feita , como é evidente, se o americano quando se dirige a qualquer lado para adquirir casa, levar uma espingarda a tiracolo; ou melhor ainda, se encomendar a aquisição do imobiliário a militares estrangeiros usando os lucros extorquidos às próprias populações locais – que por ausência de representantes politicos legítimos estão privadas de tomar conhecimento daquilo que é melhor para elas.
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