Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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domingo, agosto 05, 2007
Havana Slide
Dos murais de Banksy até aos clássicos ensaios sobre a cegueira
Denis Diderot foi o autor da "Carta sobre os Cegos para uso daqueles que vêem" - eis a sinopse do livro, agora re-editado pela Vega, uma boa leitura para um domingo no pino de Agosto
"Diderot interroga um cego de nascença sobre a ideia que lhe desperta a noção de simetria ou da beleza, procurando certificar-se de que a "beleza" para um cego não é senão uma palavra quando separada da utilidade. Todas as respostas do cego se mostram relativas nos únicos sentidos de que ele dispõe. As principais noções de metafísica e moral são igualmente concebidas por ele depois da sua experiência sensitiva. Assim, não há bem nem mal, mas pessoas que guiam os cegos e lhes abrem horizontes. Este diálogo entre um cego e um ser que vê, patente na primeira parte desta Carta Sobre os Cegos, tem pois por objectivo levar o leitor a inclinar-se para o relativismo. A segunda parte do texto é ainda mais subversiva por Diderot sustentar aí a hipótese de uma grande desordem universal: o que é aqui normalidade não será noutro lado uma excepção? Radicalmente materialista, Diderot vira-se assim para o ateísmo e arrasta-nos com ele até à vertigem no turbilhão da sua reflexão que, publicada sob forma de livro em Junho de 1749, vem a ser censurada e a merecer-lhe a prisão".
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