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1. Pelo meio de tanta tinta que se gasta com tão ruins defuntos, acaba por se nos escapar o essencial: o processo de nomeação dos lideres partidários neoliberais foi sequestrado pelo modelo americano que constrói ilusões de liderança à revelia da vontade das bases – cerca de metade dos militantes do PSD escolheu ficar de fora desta “eleição”. Já tinha acontecido antes com o PS, no famoso caso de destituição da anterior liderança, aparecendo nomeado de seguida José Sócrates também por processos não transparentes. Na opção pelas directas, houve uma intenção deliberada anterior em captar o PS para um pré-determinado cumprimento de programa. Afinal, neste processo, para que é que servem os Congressos? apenas para espectáculo? Quem acha que o PS de Ferro Rodrigues e Ana Gomes servia às intenções de alinhamento incondicional com os ultra neocons de Washington e a Nato de Cavaco Silva?
não se esqueçam de nós!
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3. Continua VM: “Nem se diga que, a nivel do sistema politico, também há a eleição directa do Presidente da República; as situações não são equiparáveis, visto que o Presidente não é titular do poder governativo, mas sim de um “poder moderador”, de supervisão do funcionamento do sistema politico” – isto é mais ou menos verdade para consumo da opinião pública interna. Porém, como comandante-chefe das Forças Armadas é o Presidente que define a politica externa, de cujos alinhamentos a nivel internacional depende tudo o resto, ou seja, que condiciona de facto toda a politica interna. Para a tribo de Belém que trabalha activamente no essencial, Sócrates no governo é um grilo falante.
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