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quarta-feira, outubro 24, 2007


uma praga - "o Juramento de Spartacus",
Louis-Ernest Barrias, Jardim das Tulherias, Paris

Lembram-se do escravo Spartacus amarrado na cruz para morrer à míngua, servindo de exemplo para os outros súbditos, escravos de livre vontade, passantes da Via Ápia? - é assim que está hoje exposto Robert Mugabe, para aviso de todos os que passam nas auto-estradas da desinformação.

Passados 30 anos após a “independência” da antiga colónia, (a Rodésia de Sir Cecil Rhodes), cansados da situação de monopólio das melhores terras, ainda na posse de apenas 4000 fazendeiros ingleses, os quadros mais influentes do agora “independenteZimbabwe, militares entre outros, resolveram nacionalizar as terras, exigir o fim do desemprego crónico da população nacional (80%) e uma mais justa repartição dos rendimentos pelos 12,5 milhões de habitantes. (80% vivendo abaixo da linha de pobreza; 24,6% com HIV/Sida)
A resposta do antigo colonizador, a Inglaterra, foi, primeiro umas recomendações, depois a imposição de um boicote feroz – a recusa de continuar a vender materiais, a fornecer know-how, por fim, a comprar a produção como até aí sempre tinham feito. Resultado: a economia colapsou, os bens essenciais passaram a ser objecto do mercado negro, a inflação atinge valores exorbitantes. Por outro lado, a Potência que se pretende eternizar como neo-colonizadora faculta o apoio incondicional aos fazendeiros – que se vão transferindo em massa para o vizinho Mozambique (assim mesmo, em grafia inglesa) que, destruído pela guerra, aceitou sem relutância os novos investidores e projectos, aderindo incondicionalmente à Commonwealth.
É assim que funciona. Quem não aceita as condições espoliadoras do Banqueiro na roleta do casino em que se transformou “a economia global”, jamais poderá ser premiado com jackpots de chorudos investimentos. Desde que assine o compromisso em que se obriga à neo-escravatura por um salário de subsistência mínimo, everithing is alright.

Vejamos agora o que se passa no que respeita a Angola,,,

Pierre Falcone, um dos principais implicados no "Angolagate" viu serem-lhe retiradas todas as acusações judiciais, mal Sarkozy foi eleito. O outro cabecilha da quadrilha, o judeu Arkadi Gaydamak, que delapidou milhões ao povo angolano e ajudou a entronizar o ditador Eduardo dos Santos com armamento vendido ilegalmente, fundou um partido político em Israel
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