a bolsa de Lisboa tem tido a maior quebra europeia, com perdas do índice PSI 20 em mais de 10% em dois meses, revelando que a economia portuguesa está completamente subjugada ao grande capital financeiro europeu.
“A crise não existe porque houve uns tantos especuladores ambiciosos que fizeram o que não deviam ter feito moralmente, como julga o palerma do presidente do Brasil, mas devido às próprias contradições do capitalismo, completamente insanáveis no quadro deste sistema económico e político. A crise é, segundo Marx, “a suspensão momentânea do trabalho e a destruição duma grande parte do capital, até que este último seja remetido violentamente a um nível em que lhe é possível retomar o seu curso”. E é a contradição, sem solução dentro do capitalismo, entre a produção ilimitada e o consumo limitado, revelando-se como sobreprodução de capital, em última análise, a verdadeira razão da crise. A solução implica uma retirada da circulação de mercadorias e mesmo uma “destruição parcial do capital”. São os capitais menos produtivos que irão ser destruídos, com os seus lucros a tornarem-se nulos ou negativos, tratando-se agora de não partilhar as perdas, para as quais os Estados, através dos erários públicos, devem contribuir para salvar o capitalismo, com o objectivo de, mais tarde, se poder retomar a acumulação do capital em maior escala”.
(in "Os Bárbaros")
"A burguesia não consegue existir sem revolucionar os instrumentos de produção, e, por consequência, as relações de produção, e com ambas as relações globais da sociedade".
Karl Marx
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