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domingo, dezembro 09, 2007

cada Trono, ao redor do qual os Nobres se divertem,
tem sempre por perto um patíbulo, mas
quando gente inocente começa a ser executada no Altar da morte
também o Trono se começa a desmoronar

“somos pares!... eu tenho a língua, ele tem o punhal
Rigoletto, o Bobo referindo-se ao seu senhor, o Duque de Mântua





a partir de amanhã, num teatro de Ópera perto de si. Para quem pode. Para os restantes, os que têm de se limitar à vida real, a peça está por aí em representação um pouco por toda a parte, por tudo o que é esconso do Poder



contudo, os jogos de poder não dependem únicamente da vontade determinista dos cortesãos. Existem outros factores ( "e quem se fia neles, será sempre um desgraçado". Como no que diz respeito ao Rigoletto de Giuseppe Verdi nos conta uma deliciosa interpretação da que se pensa ter sido a primeira vez que "La Dona é Mobile" foi cantada. Pela voz de Benigliamo Gigli; numa versão legendada em espanhol, tendo como testemunha um gondolieri de Veneza.



PS - uma curiosidade em Rigoletto é o assassino profissional contratado chamar-se "Sparafucile" uma corruptela para o italiano de "dispara o fuzil" - e sem dúvida uma importação linguistica das hordas de ibéricos que desde o Renascimento povoaram os "quartieris" dos portos de Génova e Nápoles. A fama de competência na aplicação das leis a tiro e à facada já vem de longe, desde Hernan Cortez até aos contingentes militares que actualmente marcham para o Iraque e Afeganistão. No século XXI José Maria Aznar apenas fez a reactualização dessa vocação - "pusemos de novo a Espanha no centro do Mundo" disse recentemente o fascista. Tanto que, na Broadway novaiorquina, para actualizar o recuerdo dessas velhas competências, se estreou uma peça de teatro intitulada "Spain". Didáctico.

De espada em riste, mas sempre debaixo do folclore da Cruz,

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