No presente regime de capitalismo de quadrilha, de crime em larga escala, economias paralelas, tráfico de drogas, contrabando de armas, lavagem de dinheiro, corrupção de toda espécie; quando grandes áreas do planeta estão já fora da jurisdição do Estado, as grandes figuras dos regimes períféricos encontram campos férteis para as suas mais que chorudas actividades ao serviço do “desenvolvimento” (de quem, não explicam). O nosso velho conhecido Lopes, agora lider parlamentar, com a compatibilidade que reconhecidamente a dignidade da função lhe confere, p/e dá “conferências” no Sheraton ao mesmíssimo estilo de encarregado de negócios que é o embaixador norte americano em Lisboa na legítima actividade de vender dinheiro a juros.
Noutros investimentos, na crise da falta de dinheiro emprestado para a Câmara Municipal de Lisboa poder pagar dívidas do anterior executivo (ou dos anteriores, se se preferir) não há responsáveis pelas ilegalidades cometidas até à entrada do presente executivo.
Liminarmente rejeitado nas eleições em que foi varrido por uma votação miserável, eis que Santana Lopes retorna, qual sempre-em-pé, pela porta do cavalo. Metade dos militantes do PSD, meia dúzia de gatos, votaram secretamente um novo presidente para guiar o partido ao sucesso no mercado eleitoral e o país inteiro é de novo confrontado com aquilo (aquela coisa) que anteriormente tinha rejeitado lapidarmente. Menezes, o eleito, que é nada mais nada menos que o presidente de Câmara mais endividada do país, a de Vila Nova de Gaia com 74,5 milhões de euros para 300 mil habitantes, inviabiliza que o pseudo adversário com quem faz acordos de compadrio partidário noutras áreas, se possa endividar na capital que tem de gerir perto de 3 milhões de habitantes. Atendendo ainda que grande parte dos pagamentos a fazer são por dívidas e obras faraónicas encomendadas por Santana Lopes. A resposta de Menezes em Lisboa, no melhor estilo revanchista é uma resposta ao facto anterior do PS ter inviabilizado a reestruturação da dívida da Câmara de Gaia – Na verdade, neste como noutros casos, trata-se de uma luta privada entre gangs pela posse de territórios e direito de cobrança de “pizzos” aos munícipes.
relacionado:
"Quo Vadis, Portugal?" - o país visto pela escrita de um estrangeiro
.
Sem comentários:
Enviar um comentário