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domingo, dezembro 02, 2007

nos bastidores de Annapolis

artigo de referência: "Gastos Militares, Gastos Contra a Sociedade"

Paul Craig Roberts foi secretário assistente do Tesouro para a Politica Económica durante a Administração Reagan. Normalmente é-lhe atribuido o remédio para a cura da estagnaflação que eliminou a “curva de phillips” na relação entre o emprego e a inflação, um dado aquirido que, segundo ele, estará agora em vias de se perder no pior descalabro económico da história dos Estados Unidos, agora que, depois da inundação de dinheiro ficticio que começou na Era Reagan, a economia real tem o tamanho duma ervilha dentro de um mega-balão que não pára de se expandir. Citando Paul Craig: “o superpoder americano” é uma nave de loucos que navega sem destino. Enquanto os Off-Shores matam todos os projectos económicos americanos, os “economistas do mercado livre” entoam as suas orações. Enquanto a guerra impôs custos enormes que colocam o país na bancarrota, os neoconservadores clamam por novas guerras – e nisso, republicanos e democratas concordam na apropriação de fundos que só podem ser obtidos por novos empréstimos e endividamento. Focando a guerra americana no Médio Oriente, o seu propósito é garantir a expansão territorial de Israel recolhendo proveitos executivos e legislativos na região, ao mesmo tempo que controlam as opiniões públicas através dos media. “Entretanto esta é a última oportunidade de se conseguir pôr a nossa casa financeira em ordem. Chegámos ao ponto em que podemos dizer que agora nada mais pode ser feito. A menos que o resto do mundo decida empreender uma operação de salvação económica, os valores continuarão a degradar-se e a descer até ao fundo do abismo”

Da arte complexa de simulação da Paz até mais um exemplar balão de soro

James Petras: “O debate sobre quais sãos as forças que determinam a politica norte-americana para o Médio Oriente centra-se habitualmente nos interesses do Complexo Militar-Industrial (M.I.C.) e nos das Grandes Companhias Petrolíferas (B.O. de Big Oil, na sigla em inglês). Contudo há um pequeno grupo de académicos esquerdistas (com que coincidem conservadores como Ron Paul) que afirmam que na hora da verdade quem decide realmente da política americana é o Lobie Sionista (pró-Israel) a que se referem normalmente como “Configuração do Poder Sionista” ( segundo a sigla Z.O.G. de Zionist Power Configuration).

Enquanto o debate sobe de tom sobre quais são os interesses que levaram à agressão contra o Iraque e à escalada na confrontação com o Irão, não há melhor prova sobre as posições dos que activaram o conflito que a proposta de ontem em que Bush decidiu a venda de armamento à Arábia Saudita no valor de 20.000 milhões de dólares.
Israel concorda, conquanto accionou os seus mecanismos de controlo no Congresso para aprovação do negócio, em troca de “donativos” no valor de 30.000 milhões nos próximos dez anos. Compreende-se; sendo a Arábia Saudita o principal fornecedor de petróleo e principal comprador de titulos de suporte à economia norte americana, Israel exigiu igualmente uma clausula no contrato que lhe dá o controlo absoluto dos armamentos fornecidos ao exército de pacotilha da Arábia Saudita que depende cem por cento do apoio tecnológico do Pentágono. Todos os cães que são enviados para a indústria da guerra estão infestados de parasitas que lhes vão sugando o sangue das veias por onde circula o petróleo.

Portanto, caro investidor, se estava a pensar dedicar-se a actividades ligadas às novas energias limpas, esqueça. Esqueça o vento e o sol que são sensações boas para voyeurs e siga o Mercado. O negócio das armas continua a bater o da ecologia, estúpido!
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