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O exército da Etiópia invadiu a Somália em Dezembro de 2006, sob
ordem directa dos Estados Unidos, para remover o governo legalmente eleito saído do Conselho Supremo das Cortes Islâmicas. Desde então a luta contra o governo fantoche instalado pelas forças de ocupação, sob a habitual cartilha da oferta de "liberdade e democracia" que já conhecemos do Iraque e do Afeganistão, afirmam que tropas “são um exército de libertação, e não uma força de ocupação”. Mascarem o acto como quiserem, ou conseguirem, mas a invasão do país representou um crime contra a soberania da Somália. (Ver no jornal online Oriente Médio - "A guerra secreta dos EUA na Somália). Como se constata, o cinismo e a hipocrisia de algumas carpideiras profissionais (todas belas e formosas se tirarmos a Maria Barroso da fotografia) pelas trágicas mortes no Darfur só tem paralelo nas folclóricas romarias de adro de igreja, onde o sacristão deita os foguetes e o povo apanha com as canas nas moleirinhas. Aqui, como é habitual, os islamofóbicos venderam os foguetes. Mas ninguém se atreve a condená-los, nem sequer a mencionar-lhes os nomes previamente adjectivados de "criminosos" - o carnaval democrático must go on,
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* Uma breve resenha histórica do conflito desencadeado sobre as ténues e artificiais linhas de separação entre a Etiópia e a Somália pode ser lida no sitio Global Security
e ainda aqui.
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