No dia 19 de Maio o governo de Cuba revelou no programa de informação Mesa Redonda da Cubavisión copiosa documentação comprometendo o diplomata chefe da Secção de Interesses dos EUA em Havana (USIS) Michael Parmly acusando-o de ter participado directamente na transferência e procedimento de pagamentos aos dissidentes em Cuba.
O mesmo Parmly ex-responsável da SINA nos Estados Unidos foi “apanhado” em escutas telefónicas com a conhecida dissidente cubana Martha Beatriz Roque que vive em Havana e se tornou famosa por apelar à “intervenção armada (dos norte- americanos) para restituirem a liberdade democrática a Cuba”. Esta é uma das frases dadas a ouvir na gravação transmitida no Domingo dia25 de Maio no programa “Mesa Redonda” da televisão cubana. Noutra parte da conversa Martha pormenoriza instruções para que através da Secção de Interesses norte americanos com escritório no Malecón em Havana “sejam transferidos meios financeiros e aí colocados colaboradores de grupos privados” que se infiltrariam potenciando a oposição interna através de actividades pseudo comerciais.
As verbas procederiam de uma Fundação encabeçada pelo cubano-americano Santiago Álvarez residente em Miami, a quem as autoridades da ilha não hesitam em apelidar de mercenário, indiciado por acções terroristas tendo inclusivé cumprido pena pela posse ilegal de armamento com o qual planeava atacar alvos em Cuba à revelia das ordens concertadas com Washington. Cuba tolera dissidentes que obedeçam ás leis do país, porém aqueles que são pagos em “dólares terroristas” transferidos pelos Estados Unidos não são “dissidentes”, são mercenários.
Com a colaboração activa de Parmly, que enviou cartas ao Juiz James Cohn, a sentença de Álvarez foi reduzida de 46 para 30 meses de prisão. Assim o mercenário, passado algum tempo de bom comportamento pode continuar a operar. Os “dissidentes mercenários”, alguns dos quais violaram o código penal de Cuba em 2003 foram detidos por actividades subversivas servindo um Estado estrangeiro prejudicando deliberadamente “a independência e a integridade territorial do Estado cubano”. O que é que isto tem de estranho? - se desde os primórdios da Revolução as relações entre Estados EUA-Cuba estão inquinadas pela Máfia de Miami?
Este estado de coisas dura há décadas, porém a nossa imprensa continua a ditar sempre a mesma cartilha. Mais uma vez a interpretação viciada veiculada foi a de que foram os “dissidentes que se preparavam para comemorar o 4 de Julho dos Estados Unidos”
O governo de Cuba exigiu que a administração norte-americana se pronuncie sobre as actividades da Secção de Interesses em Havana, tome medidas imediatas para que se cumpram os acordos entre Cuba e os EUA firmados em 1977, e não se violem grosseiramente as disposições da Convenção de Viena sobre relações consulares, as quais ditam expressamente que o conteúdo da bagagem diplomática só pode incluir material destinado ao serviço da embaixada, e nunca, em caso algum, outro cujo objectivo seja a promoção de acções hostis contra o país onde se situa a representação diplomática.
Noutra componente do notável trabalho dos serviços de informações de Cuba que evitam há décadas a ingerência externa nos assuntos internos do país, um jornalista cubano enviado a Washington na habitual conferência semanal confronta o porta voz Sean McCormack com estas evidências: Instado a comentar as denúncias, o porta-voz do Departamento de Estado, repetiu, evasivo, que os EUA na sua prática diplomática não violam leis internacionais, resposdendo: “eu não estou informado sobre os mecanismos de ajuda externa dos nossos serviços diplomáticos”. O jornalista insiste: “Michael Parmly é um responsável oficial no vosso Governo; enviar pessoas com o fim declarado de destabilizar internamente um país vai contra os principios de não ingerência universalmente aceites”. Resposta de McCormack: “Eu não estou aqui para investigar isso!”. Jornalista: “Mas isso viola a lei internacional...” – “Nós não violamos leis!” – o jornalista exibe um fac-simile do email relacionado com a gravação inicial directamente enviado por Martha Beatriz Roque apontando com o indicador para um endereço electrónico da Secretaria de Estado dos Estados Unidos. Não obteve resposta; acabou o tempo. A conferência está encerrada.
O mesmo Parmly ex-responsável da SINA nos Estados Unidos foi “apanhado” em escutas telefónicas com a conhecida dissidente cubana Martha Beatriz Roque que vive em Havana e se tornou famosa por apelar à “intervenção armada (dos norte- americanos) para restituirem a liberdade democrática a Cuba”. Esta é uma das frases dadas a ouvir na gravação transmitida no Domingo dia25 de Maio no programa “Mesa Redonda” da televisão cubana. Noutra parte da conversa Martha pormenoriza instruções para que através da Secção de Interesses norte americanos com escritório no Malecón em Havana “sejam transferidos meios financeiros e aí colocados colaboradores de grupos privados” que se infiltrariam potenciando a oposição interna através de actividades pseudo comerciais.
As verbas procederiam de uma Fundação encabeçada pelo cubano-americano Santiago Álvarez residente em Miami, a quem as autoridades da ilha não hesitam em apelidar de mercenário, indiciado por acções terroristas tendo inclusivé cumprido pena pela posse ilegal de armamento com o qual planeava atacar alvos em Cuba à revelia das ordens concertadas com Washington. Cuba tolera dissidentes que obedeçam ás leis do país, porém aqueles que são pagos em “dólares terroristas” transferidos pelos Estados Unidos não são “dissidentes”, são mercenários.
Com a colaboração activa de Parmly, que enviou cartas ao Juiz James Cohn, a sentença de Álvarez foi reduzida de 46 para 30 meses de prisão. Assim o mercenário, passado algum tempo de bom comportamento pode continuar a operar. Os “dissidentes mercenários”, alguns dos quais violaram o código penal de Cuba em 2003 foram detidos por actividades subversivas servindo um Estado estrangeiro prejudicando deliberadamente “a independência e a integridade territorial do Estado cubano”. O que é que isto tem de estranho? - se desde os primórdios da Revolução as relações entre Estados EUA-Cuba estão inquinadas pela Máfia de Miami?
Este estado de coisas dura há décadas, porém a nossa imprensa continua a ditar sempre a mesma cartilha. Mais uma vez a interpretação viciada veiculada foi a de que foram os “dissidentes que se preparavam para comemorar o 4 de Julho dos Estados Unidos”
O governo de Cuba exigiu que a administração norte-americana se pronuncie sobre as actividades da Secção de Interesses em Havana, tome medidas imediatas para que se cumpram os acordos entre Cuba e os EUA firmados em 1977, e não se violem grosseiramente as disposições da Convenção de Viena sobre relações consulares, as quais ditam expressamente que o conteúdo da bagagem diplomática só pode incluir material destinado ao serviço da embaixada, e nunca, em caso algum, outro cujo objectivo seja a promoção de acções hostis contra o país onde se situa a representação diplomática.
Noutra componente do notável trabalho dos serviços de informações de Cuba que evitam há décadas a ingerência externa nos assuntos internos do país, um jornalista cubano enviado a Washington na habitual conferência semanal confronta o porta voz Sean McCormack com estas evidências: Instado a comentar as denúncias, o porta-voz do Departamento de Estado, repetiu, evasivo, que os EUA na sua prática diplomática não violam leis internacionais, resposdendo: “eu não estou informado sobre os mecanismos de ajuda externa dos nossos serviços diplomáticos”. O jornalista insiste: “Michael Parmly é um responsável oficial no vosso Governo; enviar pessoas com o fim declarado de destabilizar internamente um país vai contra os principios de não ingerência universalmente aceites”. Resposta de McCormack: “Eu não estou aqui para investigar isso!”. Jornalista: “Mas isso viola a lei internacional...” – “Nós não violamos leis!” – o jornalista exibe um fac-simile do email relacionado com a gravação inicial directamente enviado por Martha Beatriz Roque apontando com o indicador para um endereço electrónico da Secretaria de Estado dos Estados Unidos. Não obteve resposta; acabou o tempo. A conferência está encerrada.
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