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sábado, julho 12, 2008

Potosi, "A Mina do Diabo"

Faz 450 anos que se exploram as minas de prata de Cerro Rico na Bolivia.
Calcula-se que desde então ali tenham morrido 8 milhões de pessoas. Hoje em dia, cerca de 5 mil indígenas, agrupados em cooperativas, continuam escavando os resto de minerais que restam na mina de Cerro Rico. Conhecem-na como "a montanha dos homens” – trata-se de uma crença antiga que considera que o Diabo, representado por centenas de estátuas construídas nos túneis, determina o destino de todos aqueles que trabalham nas minas, a troco de ganhos miseráveis, sempre na esperança de encontrarem um grande filão. Órfãos de pai assumem as responsabilidades do cabeça de família e repartem o tempo entre o trabalho e a frequência da escola. O documentário conta a história de Basílio Vargas, um menino de 14 anos e de seu irmão Bernardino de 12; ambos trabalham na mina; e Basílio sabe que a escola é a única possibilidade de escapar ao seu destino.

Através do olhar destas crianças, vamos conhecer o mundo dos mineiros, fiéis devotos da religião católica, mas que rompem os seus laços com Deus quando entram na mina.
Premiado no Festival de Chicago, nomeado como Melhor Documentário para o European Film Award, seleccionado para Festival de Los Angeles (AFI), menção especial no German Camera Award, premiado no Festival de Roterdão, vencedor do Tribeca Film Festival, prémio Humanitário no México, 1º prémio no Woodstock Film Festival, prémio "Espírito da Liberdade" em Jerusalem, "A Mina do Diabo" reuniu até agora 1 milhão de euros doados às crianças de Potosi. Confortáveis no sofá, meia dúzia de trocos distribuídos, aqui ficamos nós de consciência tranquila:


falado em espanhol - La mina del diablo (parte 1 de 3)
(continua - ver parte 2 e 3 aqui)

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