Desde que o Tim-Tim assumiu a presidência, Mário Soares transfigurou-se no Rom-Rom, uma obra de arte do desenho animado. Retórica e anti-retórica, não há que ter dúvidas entre o que é de “direita” e o que é de “esquerda”. Neste cantinho do sonho europeu é fácil de ver qual das duas faces do mesmo governo nos conduziram às políticas de desigualdade, insustentabilidade e injustiça social.
“o capitalismo financeiro, especulativo e dito de casino, do século XXI, e o descalabro a que está a conduzir o Ocidente, suscitam uma nova reflexão sobre a obra de Marx”
Mário Soares, no DN, 23/Julho/2008
Referindo-se à “revolução cultural Obama”, Soares “acha que estamos perante um daqueles momentos da história em que a América (presume-se que estivesse a pensar na do Norte) se pode voltar a erguer a favor do Bem” (Teresa de Sousa, Público 23/Julho) “como aconteceu com a eleição de Roosevelt quando o mundo vivia os dias negros que se sucederam à crise de 1929 para lançar o New Deal e liderar o combate contra o Fascismo”.
Como na crise que conduziu à grande confrontação entre potências na IIGrande Guerra, o fascismo está instalado nos governos; Onde mais poderia estar? – Soares não reflectiu o suficiente, como quando Deng Xiao Ping em 1987 assumiu o comando na modernização da China optando por confrontar o capitalismo no seu campo com as suas próprias armas.
Deng, decidiu-se por expurgar de cena o radicalismo esquerdista do Bando dos Quatro – ou seja, como os tempos e os lugares mudam, Soares deveria ter estudado a dialéctica marxista depois do up-grade filosófico maoista – no actual contexto deveria ter sugerido o saneamento de Bush, Hillary, Obama e McCain – o bando dos 4 conluiados na persecução da tenebrosa ditadura dos bilionários da nova ordem mundial – estes são, sem dúvida, os co-autores da revolução cultural de que o pobre Soares fala. (pobre no sentido em que os milhões dos gloriosos anos mencionados no “caso Mateus” já não fluem como outrora)
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