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domingo, julho 06, 2008

No sobe e desce do jornal de José Manuel Fernandes (JMF) afirma-se que o movimento de libertação colombiano ELC- FARC,

"a guerrilha colombiana se financia à custa do narcotráfico e dos raptos" seguido dos habituais processos de intenção. Enganou-se no lado. Provavelmente, para inverter a situação 180 graus transformando mentiras em verdades, no pasquim de JMF, quando faz de Álvaro Uribe um santinho, é que se escreve motivado pelos negócios do dinheiro da droga. Como é também habitual, para repor a verdade dos factos ocultados com tanto zelo, temos de nos deslocar para observar a actividade na área dos capangas de quem JMF é fiel serventuário.

Karen Hughes (ver curriculo)

Evocando os resultados dos programas de influência (política) durante uma cerimónia oficial no dia 25 de Outubro de 2007, Karen Hugues habituada a uns chás canasta com a Laura e à discussão em privado dos fait-divers da Casa Branca junto com a outra parte do tripé, os miolos de bush Karl Rove, a sub-secretária de Estado dos EUA encarregada da diplomacia pública (aliás, propaganda no valor de cerca de 700 milhões de orçamento anual), amiga íntima dos Bushes desde os tempos do Texas, não se situou no local onde estava e meteu a pata na poça ao declarar: “Os mais de 130 participantes, todos altas personalidades da politica mundial (dos nossos programas desde 1945) lograram converter-se em líderes nos seus próprios países, incluindo o actual primeiro ministro da Grã-Bretanha (Gordon Brown), o presidente da França (Nicolas Sarkozy) e o presidente da Turquia (Abdullah Gül). Se a biografia de Brown é conhecida, é a primeira vez que um alto dignitário norte americano reconhece que os senhores Sarkozy e Gülhan foram formados pelo Departamento de Estado, coisa que estes novos presidentes sempre trataram de ocultar; existem dezenas e dezenas de outros, entre os quais Fernando Henriques Cardoso (do Brasil que recebeu (como 1ª tranche) 145 mil dólares da Fundação Ford para criar o Cebrap (1) Álvaro Uribe Velez (actual presidente colombiano) e Manoel Noriega; enfim, pode-se imaginar quantos dirigentes políticos passaram por lá nestes últimos 63 anos. Monitorizada pelas instância superiores que não estão para aturar bushices, Karen Hughes não durou uma semana no cargo. Foi obrigada a despedir-se no dia de finados.

Claro que os jornais que ainda conseguem permanecer com alguma independência fizeram um festim. O chileno LaNacion contou (já em Junho 2008) a fantástica história da intervenção da CIA para capturar o árabe Assad Ahmad Barakat cujo acesso e liberdade para actuar no interior do Chile só poderia ter sido autorizada com a conivência da presidente Michelle Bachelet, outra formanda made in USA; e veio á baila a conivência do presidente da Comissão Europeia, formado em Georgetown, com os voos secretos da CIA que reportam ainda ao tempo em que era 1º ministro de Portugal, bem como a muitos outros lideres europeus.
E onde fica Álvaro Uribe Vélez, o actual presidente colombiano, hoje político de confiança de Washington? Ao que tudo indica, este executivo fez um pino na sua carreira política. Num relatório do Pentágono de 1991, Uribe aparece como vinculado ao Cartel de Medellín. Ainda mais: o hoje político preferencial dos EUA na América Latina é citado como o número 82 (de um total de 106) do Cartel liderado por Pablo Escobar. Ainda segundo o Pentágono, o então senador Uribe participou activamente da campanha política do seu íntimo amigo Escobar, que chegou a ser eleito suplente do senador Jorge Ortega. Isto foi divulgado pela Newsweek em 9 de agosto de 2004.
Para se ter uma ideia da lista do Pentágono, ali aparece também o nome do então presidente do Panamá, Manoel Antonio Noriega, que ainda cumpre pena nos EUA por narcotráfico, tendo sido apeado do poder depois que começou a tentar deixar de rezar pela cartilha de Washington. A trajectória de Uribe foi exactamente ao contrário. Ele que era um opositor da extradição para os EUA de narcotraficantes, absorveu esta idéia na Presidência, servindo consequentemente os interesses dos Estados Unidos que têm desejado milhões no país através do Plano Colombia. Uribe sabe perfeitamente que se por acaso sair da órbita do patrão pode ter o mesmo destino de Noriega. Mas Uribe é da equipa dos que "quem tem cu, tem medo"...

(1) Na página 154 do livro “Fernando Henrique Cardoso, o Brasil do Possível”, da jornalista francesa Brigitte Hesant Leon consta a informação que nos escritórios da Fundação Ford, no Rio, Fernando Henrique teve uma conversa com Peter Bell, o representante da Fundação Ford no Brasil. Bell entusiasmou-se e ofereceu-lhe uma ajuda financeira de 145 mil dólares para criar uma Fundação.
Outro livro da investigadora inglesa Frances Stonor SaundersQuem pagou a conta? A CIA na guerra fria da Cultura”. Saunders comprova, entre outras coisas, que a CIA transferia grandes verbas para a Fundação Ford cooptar intelectuais e políticos.
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