Pesquisar neste blogue

quarta-feira, julho 08, 2009

Cruzadas culturais burguesas cristãs

Amin Maalouf, o libanês autor de “o Leão Africano”, “Samarcanda” e “As cruzadas vistas pelos Árabes”, exilado de luxo em Paris depois da guerra civil no Líbano (1975) conversa
hoje às 18 horas na Fundação Gulbenkian
com António Vitorino, uma parda eminência televisiva do P"S", sobre os temas da actualidade versados na sua última obra "Um mundo sem regras".
Nada a assinalar, excepto o essencial,

que, como infiltrado católico anti-islãmico, Amin Maalouf é um profundo devoto das politicas do Vaticano que cultivam a pregação da resignação dos pobres perante o actual estado do mundo. Resignação e submissão no mínimo, quando a Igreja não intervém ela própria na subversão da ordem democrática estabelecida, (caso essa ordem atenda às classes menos favorecidas e prejudique os ricos) como no caso do líder da Conferência episcopal das Honduras, cardeal Óscar Andrés Rodríguez que, obedecendo a directivas ou perante a indiferença do Papa Ratzinger, ameaçou a população com um “banho de sanguecaso continuasse a constestação ao governo golpista de Roberto Micheletti.

* na gravura, "O Cerco da cidade muçulmana de Antióquia" em 1095, uma das primeiras acções ordenadas pelo Papa Urbano II, aliás, o fidalgo Otho de Lagery


O conceito de “mundo islâmico” esconde uma manipulação


Como antes, trata-se da mesma batalha de conquista a todos os niveis, militar, ideológica e cultural, levada a cabo pelos herdeiros das velhas tradições de hegemonia ocidental. Como foca a politóloga iraniana Nazanin Amirian em entrevista ao jornal El-Público (o espanhol). A autora do êxito editorial O Islão sem Véu reinvindica nessa obra que existem diferenças assinaláveis entre os países de maioria muçulmana. Porque o conceito inventado pelo judeu neocon Samuel Huntington que serviu de base à doutrina Bush esconde que os cidadãos desse suposto “mundo muçulmano” ou “mundo islâmico” não se reconhecem nele. Por exemplo, a forma de vida de um paquistanês parece-se muito mais com a de um hindu do que com a de um marroquino, por muito que sejam ambos muçulmanos. Esta confusão nasce com a história do Ocidente, onde cada Estado se identificava com uma etnia. Mas no Oriente isso não se passou assim (…)
(ler aqui)
.

Sem comentários: