Seja para o combater seja para se aliar, a politica de deslocalização das indústrias fulcrais do sector primário da China segue a mesma lógica de globalização neoliberal dos países ocidentais. Por exemplo, recentemente foi anunciado que uma siderúrgica chinesa seria instalada no Brasil, distrito do Rio de Janeiro. Como contraponto destas decisões geram-se as mesmas consequências que no Ocidente: o encerramento de indústrias e despedimento de trabalhadores locais.
A resposta exige uma mensagem sindical forte: a participação das comissões de trabalhadores em detrimento do sindicalismo de conciliação burguês
A venda da empresa siderúrgica “Tonghua Ferro e Aço”, na provincia de Jilin (no noroeste da China), segundo informou a imprensa oficial e o “China Daily”, ameaçou a tomada de uma medida drástica: o despedimento de um número próximo de 30 mil trabalhadores. E o novo gestor nomeado para implementar esta politica de privatização, Chen Guojun, convocou uma assembleia para comunicar a decisão da compra da fábrica pelo grupo privado Jianlong que iria reduzir a mão de obra para apenas 5.000 trabalhadores.
Não muito consciente do facto, Chen estava a brincar com o futuro de dezenas de milhar de pessoas, quando anunciou que a maioria se veria desempregada em apenas três dias. De imediato enfureceu cerca de três mil trabalhadores que o cercaram, exigiram explicações e, perante a ausência destas o agrediram até o deixarem inanimado. Depois enfrentaram a policia e impediram o acesso da ambulância ao local até obter garantias que a medida não seria implementada. Chen Guojun acabou por falecer à noite quando finalmente foi transportado ao hospital. A venda da fábrica foi anulada e as autoridades de Jilin, contactadas pela AFP, não quiseram prestar quaisquer esclarecimentos.
Esta foi uma mensagem laboral enérgica (a participação das bases é uma prática corrente na China), que fará pensar duas ou mais vezes qualquer outro candidato à gestão de politicas similares.
nota
agora repare-se na forma tendenciosa como os biltres da TVI manipulam a notícia
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