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as Ruinas de Babilónia
Investigadores a trabalhar para as agências culturais das Nações Unidas afirmaram que os soldados norte americanos que invadiram e ocuparam o Iraque causaram danos consideráveis num dos sítios arqueológicos mais importantes do mundo, as ruínas de Babilónia.
A Unesco entretanto tomou a decisão de declarar o sítio da antiga Babilónia Património da Humanidade, a fim de tentar prevenir vandalismos similares em futuras guerras.
As ruínas da antiga Bagdade, fundada pelo califa abássida Al-Mansur 90 quilómetros a sul da actual cidade, são consideradas uma das 7 maravilhas do Mundo, e têm mais de 4.000 anos. Logo após a invasão pelas forças dos Estados Unidos, o sítio foi saqueado e convertido na base militar “Camp Alpha” de onde continuaram a desaparecer grandes quantidades de antiguidades, umas para serem negociadas, outras como souvenirs surripiados pela soldadesca, havendo ainda danos incalculáveis pela passagem de veículos pesados por montes e vales da região por cima de zonas de pavimentos sensíveis, que outrora foram sagrados.
Algumas peças têm entretanto vindo a aparecer em antiquários ocidentais provenientes do comércio ilícito. Entre elas 69 peças foram entregues pela Holanda ao actual embaixador do Iraque – “são peças que não têm valor de compra ou venda” disse o ministro da ciência holandês Ronald Plasterk, enquanto devolvia um fragmento proveniente do berço da civilização entre os rios Tigre e Eufrates (a Mespotamia), com uma inscrição do Rei Nebuchadnezzar datada de 570 A.C. (fonte dos dados actuais)
O curioso é que as ruinas que aparecem na fotografia são já resultado de um trabalho de reconstrução que tinha vindo a ser levado a cabo pelo regime de Saddam Hussein. Na verdade o saque da Mesopotamia começou bem mais cedo. A partir do século XIX arqueólogos e exploradores alemães desmontaram secções inteiras das Portas de Ishtar do antigo reino Assírio, empacotaram-nas, transportaram-nas e remontaram-nas em Berlim no Museu Pergamon, onde ainda se encontram expostas.
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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