Ligado à história da ocupação contada no post anterior sobre Itália, como antes da Alemanha e mais recentemente na destruída ex-Jugoslávia, recorda-se que Pulido Valente afirma na sua coluna de 3 de Julho textualmente que "a Europa não tem força militar e hoje, com a crise, também não tem um peso económico determinante (...)". Com a verdade nos mentes.
Se os dados sobre a ocupação militar norte americana da Europa são conhecidos, embora não divulgados pelos Media das corporações que contratam o Pulido para comentadeiro, outro tanto se passa quanto aos dados económicos, conforme se confirma pelo mapa das transações comerciais incluido no artigo de Jacques Sapir (1) sobre proteccionismo: "Ignorantes ou Falsários"
Trocas comerciais efectuadas pela União Europeia: 4.963 mil milhões, 3/4 partes no interior da zona.
Trocas comerciais dos Estados Unidos: 1.678 mil milhões, metade das quais para o exterior
Trocas comerciais na Ásia Pacífico: 3.277 mil milhões, metade das quais para exportação
Trocas comerciais da Rússia, América Latina e África em conjunto: 1217 mil milhões.
Como se constata, o problema da chamada "União Europeia" (União da oligarquia e da alta finança europeias) não é um problema de falta de produção, muito menos de habilitação de emprego para os trabalhadores, mas sim de dependência financeira - a maioria das receitas dadas como sendo "europeias" são na verdade repatriadas em nome de empresas filiais norte americanas sediadas na Europa. E o dinheiro para que funcionem depende de decisões politicas estratégicas tomadas nos EUA e comunicadas à Reserva Federal, Banco Mundial, Banco Central Europeu e outras instâncias cujas gestões não são eleitas, como o FMI, a OMC, etc.
(1) Existem 2 livros de Jacques Sapir traduzidos em Portugal: "Os economistas contra a democracia", edições Sururu, Produções Culturais e "Que economia para o século XXI?", edição do Instituto Piaget
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