Ontem o Benfica tinha uma divida astronómica, estava falido. Já a noite ia alta quando em assembleia geral os sócios anuiram que se desse um jeito nos livros das contas e se fizesse umas transferâncias de nomes; e hoje de manhã já não deviam nada.
A avaliar pela suave quietude social no clube Portugal, espera-se decerto que Sócrates, o grande lider da agremiação popular cá do sítio, possa também “dar um jeito” no estado das contas e retirar o país da situação de falência em que se encontra. Porém neste caso a incerteza subsiste por se saber que apenas um certo número limitado de militantes "socialistas" votaram para ter este directório partidário no P"S". É como no Benfica, votam meia dúzia de sócios, mas o resultado influencia toda a prática desportiva nacional.
A palavra chave aqui invisivel é “desporto” porque o futebol não representa a totalidade das actividades desportivas; na mesma proporção, o “voto” gerido pelo Estado burguês, em nome da classe dominante, deixa deliberadamente de fora uma grande maioria de representações. Representados ou não, certo certo é que o défice crónico português - aquilo que compramos ao estrangeiro a dividir por cada um dos 10 627 250 residentes em Portugal - significa qualquer coisa como 5756 euros por ano a pagar com os rendimentos de cada um! Isso, e mais os juros devidos, é conseguido pela politica de espólio do valor do trabalho na equação capitalista
o Coro dos Escravos – Verdi - Berliner Phil & Rundfunkchor Berlin - Claudio Abbado
Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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