Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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segunda-feira, dezembro 28, 2009
os Votos ou a Revolta? ou a bissetriz entre ambos?
Na ilusão reflectida na mente das pessoas com formação humanista cristã (1), o Espírito, seria a Vida, enquanto, segundo São Paulo, a submissão aos prazeres da Carne seria a morte.
É com esta segunda percepção do Medo da morte que os poderes instituídos contam para incorporar a contestação e o ressentimento perante a miséria humana. Se lermos de facto bem a Bíblia, a compilação de estórias a que chamaram Livro nada mais faz que aterrorizar constantemente os crentes. Enquanto a Igreja desvia as atenções da salvação terrena: é “ao Estado” que competiria resolver as razões porque os individuos não vivem em segurança perante a constante ameaça aos direitos humanos (a paz, o pão, a saúde, a educação, a habitação, e finalmente a liberdade). Mas trata o Estado sonhado pelo “socialismo neoliberal” (2) efectivamente destes pontos?
Adágio - Spartakus e Frigia
A estafada mundivisão de São Paulo é um bom mote para se pensar o papel da Violência perante o poder do Estado (3), violência que em caso algum deveria ser usada contra ou a favor do Estado – conforme a vetusta personagem Daniel Oliveira teve a ousadia de afirmar num dos jornais fulcrais do regime - acontece que o Estado é uma instituição de classe criada pela classe dominante com a finalidade de oprimir aqueles que pensam que a sua participação na sociedade se deverá restringir apenas ao exercício do voto – um acto aparentemente livre mas que, pelas razões óbvias e mais que exaustivamente explicadas, está à partida viciado
Spartakus e a reforma das estruturas do Poder
(1) "Há uma campanha, mais subtil, menos subtil, no sentido de corroer todos os esteios, todos os alicerces que fazem parte do Portugal cristão. (...) Mas o que impressiona mais é que vem dos responsáveis politicos ou governamentais, que estão a pontapear Portugal"
(Bispo Manuel Martins, em declarações à Radio Renascença)
(2) O vocabulário oficial corrompeu o uso das palavras. Imaginei a expressão "socialismo neoliberal" como sendo original na definição e diferenciação dos partidos, ditos "de esquerda", mas cujos directórios são de facto aderentes ao sistema de poder instituido. Mas, depois de uma busca rápida pela internet, o primeiro a usar entre nós a expressão foi Francisco Madeira Lopes nesta crítica ao PS. A que, na refrega pós-eleições e no desejo de participação no Poder, se poderá agora acrescentar a ala social-democratizante do BE.
(3) "o País está para o futuro como o perú está para o Natal"
(Pedro Norton, revista Visão)
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