Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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segunda-feira, dezembro 14, 2009
teorias da conspiração: Osama Bin-Droga
A propósito da guerra em busca do Bin-Laden perdido, os comandos operacionais dos EUA e UK vêm garantindo aos Media que os Talibans se suportam através do tráfico de ópio e de heroína. Desde a invasão o Afeganistão exporta pelo menos 80% do ópio comercializado no mercado mundial, o que representa um negócio no valor de 3 mil milhões de dólares. Note-se que a parte mencionada pelas autoridades atribuída aos Talibans é de cerca de 200 milhões. Ora isto é menos de 10% da totalidade. Quem monopoliza o resto do comércio de droga? Sem dúvida, o Tio Sam e os seus amigos, claramente…
No final do Verão o jornalista italiano Enrico Piovesana do Peace Repórter veio a público com um artigo intitulado “Cosa si nasconde dietro la guerra in Afghanistan?” o qual mereceu aqui uma tradução resumida e acrescentada com alguns links neste post. A ideia central, conjugada com algumas outras, era a de que os EUA não fazem nada contra a produção de droga no Afeganistão porque ela lhes proporciona, pelo menos, 50 mil milhões de dólares por ano e esse dinheiro estaria a ser investido para colmatar as brechas abertas pela falência do sistema bancário internacional.
uma aparatosa mobilização civilizacional tendo como leit-motiv apenas uns poucos milhões de perigosas criaturas, rudimentares, que sobrevivem perto de niveis que roçam a indigência?
Tanto quanto se vai sabendo os narco-dólares foram o único dinheiro vivo a dar entrada no circuito legal sendo utilizados para salvar os bancos em crise, e claro, os Estados Unidos não se opõem ao narcotráfico afegão para não pôr em causa a estabilidade de um governo apoiado pelos principais traficantes de droga no país, começando pelo irmão de Hamid Karzai (…) O que sucedeu no passado na Indochina e na América Central indica que a CIA está implicada no tráfico de drogasafegãs numa medida ainda maior do que a que já sabíamos. Em ambos os casos, os aviões da CIA transportavam drogas para o estrangeiro em nome dos seus aliados locais, e o mesmo pode estar a ocorrer no Afeganistão. Quando a história desta guerra estiver escrita, a sórdida participação de Washington no tráfico de droga afegã será um dos capítulos mais vergonhosos.
Não dá para acreditar; mas quem passou pela guerra colonial sabe muito bem qual é o clima emocional que se vive ao vaguear quotidianamente pelo meio da generalidade de populações abandonadas e miseráveis onde vale tudo para se tentar sobreviver. E o que vão mais 30 mil soldados do Obama fazer para o Afeganistão nestas circunstâncias? É por causa deste deambular sem nexo que alguns deles vão morrer? Não é de certeza. A realidade no terreno mostra que existem outras razões “para o combate”. Que espécie de psicopatas fardados ditos civilizados se dispõem a morrer enlameados em condições degradantes como as que se vêem aqui? e em nome dos lucros de quem?
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