
Berardo fala de tudo menos de enxurradas de água sobre linhas de água interceptadas pela construção selvagem em nome do lucro; dos mais diversos quadrantes chovem críticas que o desastre “é consequência dos inúmeros erros de ocupação do território” (Quercus) enquanto deputados da oposição mencionam “caos urbanístico” para definir o Funchal e até na direita se ouvem vozes dizer que “realmente a cidade tem um problema de ocupação”. Efectivamente, a titulo de exemplo, licenciarem-se Centros comerciais com dois pisos ou mais de estacionamentos abaixo do solo em zonas de desaguamento de leitos de ribeiras só pode ser considerado uma politica criminosa.

Que espécie de mundo queremos mesmo construir? Não interessa. Fiquemo-nos pelo mundo que os caciques tecno-urbanisticos capitalistas nos querem construir. João Jardim já recomendou aos Media um patusco "silêncio para não afugentarem o turismo, do qual o rendimento da ilha depende em cerca de 20 por cento". Fazer diminuir a dependência e tornarem-se cada vez mais economicamente auto-sustentáveis seria a politica correcta. Mas não, opta-se por continuar a insistir na politica da desgraça, limpando tudo muito bem e pondo a funcionar de novo tal qual estava; Se possível optimizar a construção com mais umas barreiras “para a água não ir por ali…”
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