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quarta-feira, fevereiro 03, 2010

o que é o “danieloliveirismo”?

É um messianismo que poderá ser definido como uma tendência que se integra a despropósito dentro do Bloco dito de Esquerda (BE); uma tendência que advoga o colaboracionismo com os ministérios neoliberais sem que tenha havido antes uma ruptura e mudança no paradigma capitalista. Essa corrente minoritária, ela própria o fará, segundo afirmação dos próprios. 1 Ministro ou 2 ou 3 Subscretários de Estado farão eles mesmos in persona a Revolução, ou seja acabam com um milagre a crise que nos irá pôr bem de vida. Como se um Poder (tido por desasjustado e criminoso) não pudesse apenas ser derrubado por outro Poder. (Spengler)

O “danieloliveirismo” afirma-se pelo “não ser” em representação dos seguidores de realidades descodificadas relativamente simples “os que vão sendo” por oposição “aos que são”. Os que criam os actos, o serdasein” de Martin Heidegger, o célebre professor nazi que moldou sexualmente a aluna que (d)escreveu oficialmente “os totalitarismos” que os meninos de coro estudam. Conciliador, Daniel Oliveira e os seus ouvintes-clientes-leitores-comentadores constituem-se num grupo de filosofia social democrata, logo reformistas (face às presentes condições, a consciência do nada em politica) erigido em clube de pensadores que “darão a volta” à totalidade dos edifícios do Poder, com a bênção e a bondade da confraria oficial de bispos e economistas subitamente iluminados não se sabe por que força para abandonarem de livre vontade os privilégios que lhe são inerentes pela desregulamentação financeira. (ou pela pseudo regulamentação emergente)

da Ética da Autenticidade (em Charles Taylor)

De Oliveira esperam os fãs da sua arrastada página mensagens em sms relativamente simples, como p/e “sem homem não há direitos do homem”, o que dá o prazer ao interlocutor da atenção de alguém substancialmente “importante” pela via dos meios mediáticos de reconhecimento, um mediocrata, notável a reparo da vizinhança: “não é vc o tal gajo que tem feito um grande número de cabeçalhos no blogue 5Dias?”, ou seja Oliveira é o actor da antítese do desprezo ou da indiferença pelo outro. Le Sacré de l`Outre. Uma coisa popular, vem apadrinhada pelo tio empregador Balsemão, bilderberger mais ou menos oculto na nossa paisagem por mais de 30 anos, que hoje veio em defesa do Crespo e um dia virá também defender, talvez condecorar, o anjo Daniel.

É a subjectivação do individuo que traz a D.O. notoriedade (e neste campo se converte num perigoso inimigo para a Esquerda), no populismo de fazer crer que não existe nada que condicione socialmente o individuo e que cada um se conduz com plena autonomia – apagando deste modo a evidência que cada pessoa só pode Ser e Fazer quando se integra como elemento natural na sociedade a que pertence. E como diz Carlos Vidal a pregação dos direitos do individuo per si é uma das piores formas de conservadorismo. Porque “ser um Sernão é um direito", é o dever de existir. O dever de lutar para transformar. Não para ser convidado para a mesa das reformas que tudo mudam para que tudo permaneça na mesma
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