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quinta-feira, fevereiro 04, 2010

o Recado

primeiro especularam com uns prediozitos, uns apartamentos, moradias e tal, que converteram num amontoado de tijolos de pouco valor (a vida inteira do individamento de uma pessoa) o que deu origem à falência dos chamados "subprimes"... agora como porta de saída para a crise, em vez apenas do imobiliário, preparam-se para especular também o conjunto com as pessoas que vivem dentro das construções de tijolo, isto é, a banca internacional propõem-se especular com paises inteiros. E obviamente, não é o Haiti que está em condições para ser "explorado"; esse é para demolir e revender terrenos. É nas construções sociais precárias com algumas hipóteses de reconstrução que o bussiness first da banca internacional se exerce preferencialmente. Na Grécia o FMI já está no terreno providenciando "aconselhamento técnico" ao governo. Logicamente esperam e "preferem que sejam os gregos a resolver os seus próprios problemas, mas se necessário estarão prontos a conceder os créditos que venham a ser solicitados"

o modo "Estado Social" na Europa está a ser condenado pelo imperialismo ao pagamento da crise global, quebrando-se primeiro os elos sempre pelo lado mais fraco

"O director do Center for European Policy Studies, diz em entrevista ao Jornal de Negócios que parece muito provável que Portugal tenha de subir impostos, pois apenas cortes na despesa não será suficiente para fazer o ajustamento necessário. O que acha do plano grego? São medidas necessárias mas não suficientes. Não há volta a dar: os salários vão ter de baixar e não é só no sector público. (ver mais aqui) Essa é a questão central. Há um problema de falta de poupança, especialmente em Portugal e na Grécia, o que significa que, estruturalmente, não têm capacidade de gerar investimento líquido de fontes internas. Para colocar Portugal e Grécia numa trajectória correcta, será preciso um ajustamento de toda a economia, com um corte no consumo de cerca de 10% do PIB (...) Não teme que a adopção dessas medidas leve as pessoas para as ruas? Há esse risco, sim. E é por isso que os mercados estão tão nervosos e cépticos em relação à Grécia (...) Estamos portanto apenas a adiar um problema? Há o risco efectivo de uma "falência"? O risco existe. E é por isso que a Comissão Europeia devia preparar-se para o pior" (fonte)

A Comissão Europeia comparou os problemas portugueses aos da Grécia e os mercados encareceram o financiamento ao país; nas Bolsas o valor "empresa-Portugal" sofre uma queda abrupta. Isto é, os investidores esperam que bata no fundo para comprarem pelo minimo os titulos da emissão de dívida pelo Estado Português para depois os venderem em alta. Esta é a lei básica do mercado. Mas "o mercado" é uma abstracção - o que enfrentamos como comunidade são problemas para serem resolvidos pelas pessoas - como primeira acção, fundamental, há que crucificar os governantes que nos conduziram até ao logro de nos pôr a todos como objecto de investimento de banqueiros.

previsão de valor de cotação no mercado da marca ponto pt
conselho: espere mais um pouco e compre
"quem cá ficar que o pague"
Bacelar de Vasconcelos:
"Uma proposta para o Presidente da República: a via angolana"
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