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"no antigamente"
os bufos satisfaziam-se contra a anormalidade das ideias progressistas (ou por vezes nem por isso), ensebando-se no lamaçal da delação. Em quase 40 anos que já lá vão nunca conseguiram limpar-se a cem por cento, porque ao interior das moleirinhas pidescas não se vai lá de agulheta; pelo contrário, compraram capacetes novos e replicaram-se em descendentes. Antes denunciavam-se pessoas por "actividades subversivas" no quotidiano do boca-a-boca para fazer desmoronar o regime; hoje em dia, no velho novo regime denunciam-se pessoas a quem se apanham dicas para que o regime não caia...
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a Henrique Monteiro, director do Expresso, ontem aqui citado imageticamente ao de leve pelo relacionamento do
milionário patrão da imprensa público-privada nacional com o grupo Bilderberg, (que indubitavelmente
interfere na sustentação do paradigma governamental) caberia na perfeição o artº 309 do Decreto-Lei 26643 de 28 de Maio de 1936 que regulamentou as relações das autoridades com os suspeitos ao abrigo da Constituição de 1933, que reza o seguinte: "
as conversas (com as visitas)
terão lugar por forma que o funcionário que a elas assistir as possa ouvir e compreender". Eis então o que
ouviu e bufou (Há quanto tempo se passaou a ocorrência,
e porque só agora o director do Expresso bufou "cirurgicamente"?) o "não assunto" à comissão Parlamentar?: "Recebi um telefonema do 1º ministro a uma hora bastante desagradável... em que ele me pediu por tudo para não publicar os atropelos sobre o seu processo de licenciatura... eu disse-lhe que de modo nenhum o podia fazer... foi uma coisa bastante longa e embaraçosa..." - olha a lata da conversa do gajo,
queria-me lixar o emprego!(clique na imagem para ampliar)
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Triptico mural no Forte de Peniche à entrada do
Museu em Memória do Fascismo, representando as peripécias punitivas sobre a liberdade de expressão. Henrique Monteiro é representado à anteriori pelo avatar sentado à direita, onde vai tomando notas das ocorrências numa ardósia negra
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