Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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terça-feira, fevereiro 23, 2010
Underworld USA
"na época determinante das mortes de JFK, Bobby Kennedy e Luther King, Nixon é uma personagem secundária. Retratei-a como figura cómica..." (James Ellroy)
O lado pelo qual conhecemos Alexander Haig (que foi noticia por ter falecido no passado dia 20) é o de um General condecoradíssimo e ao mesmo tempo um habilidoso jogador em politicas palacianas. James Rosen descreve (no video em baixo) o seu encontro entrevista com Haig quando meteu mãos a escrever um livro sobre o “Watergate”.
Há aqui uns factos engraçados, e analogias giras, numa altura em que os nossos peticionários da liberdade de direita contra o “socialismo” socrático, se lembraram de recordar que “Nixon também não tinha sido preso”. Do que estavam à espera, uns e outros, caros compinchas na obra neoconservativa mútua?
Os militares tinham espiões na Casa Branca durante a administração Nixon (actualmente o “consultor” de Obama é Colin Powell); o General Alexander Haig passou de facto a dirigir o país na parte prática, enquanto Nixon de afogava nas trafulhices pelas quais viria a ser obrigado a demitir-se. Outros pequenos factos se deduzem: Haig controlava o gabinete de Nixon seguro de que sendo detentor das fitas gravadas sobre o Watergate controlava os poderes, a usar ou não, para deitar abaixo o Presidente. Facto nº 2: Bob Woodward o jornalista do Washington Post que se tornou famoso por divulgar a história e quebrar “o segredo de justiça” sobre o escândalo Watergate era graduado por Yale, tinha sido Oficial da Marinha com formação especial em codificações secretas no NSA, e nessa qualidade tinha dado “briefings” ao general Alexander Haig. Como se diz lá na América: “it is a small world isn't it”?
"Podemos estrangular os clamores, mas como vingarmo-nos do silêncio?" (Alfred de Vigny*)
Previsivelmente, os Militares do Pentágono que trabalharam no golpe queriam livrar-se de Nixon, foram para frente e fizeram-no: ninguém poderá acreditar que a máquina guerreira do Pentágono tivesse desde então recolhido a quartéis – e que não sejam eles (em perfeita sintonia com o lobby financeiro) quem de facto continua a deter o poder de mandar em Washington, elegendo ou destronando presidentes.
adenda o suplemento P2 do Público traz hoje dia 24 uma recensão sobre a vida do general Haig. Das generalidades destacam-se que e que foi "promovido a general já na Casa Branca" para onde foi levado por Henry Kissinger. "Três anos depois, sem ter exercido qualquer comando, é elevado por Nixon a general de quatro estrelas, passando por cima de 240 generais" e negoceia com o presidente seguinte (Gerald Ford) o perdão de Nixon. Ora aí estão as razões porque no epitáfio "Obama o considerou um excelente guerreiro-diplomata".(ler aqui) .
1 comentário:
Anónimo
disse...
Víctima de extraño atentado (¿Miterrand style?) en Bruselas, 1979......
1 comentário:
Víctima de extraño atentado (¿Miterrand style?) en Bruselas, 1979......
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