O caminho da servidão e dependência da Estónia (não é só a Grécia que tem problemas)
“Passaram duas décadas sobre a introdução da ordem neoliberal, e os resultados não podiam ser mais desastrosos, podendo-se considerar um crime contra a humanidade. Em todos estes anos não tem havido crescimento económico. Os activos ex-soviéticos estão hipotecados como penhor do pagamento da dívida. Não foi assim que a Europa Ocidental se desenvolveu no pós Segunda Grande Guerra Mundial, ou até inclusivamente antes disso (ou mais recentemente na China). Estes países seguiram o esquema clássico de protecção à indústria doméstica, gastos em infraestruturas públicas, fiscalidade progressiva, e proibições legais contra o tráfico de influências e o saqueio; tudo o que constitui os anátemas para a ideologia neoliberal do mercado livre” (*)
a questão é saber como vão responder os países da Europa e os demais países ocidentais ¿ admitirão o seu erro? Ou os seus governos e elites não sentirão nem uma ponta de vergonha? Os sinais actuais não são alentadores. A tribo de gestores ocidentais pensam que o trabalho não foi ainda empobrecido o suficiente, a indústria não está suficientemente devastada e o paciente económico ainda não foi suficientemente entubado. Se esta é a mensagem que Washington, Bruxelas e a Alemanha do Banco Central Europeu estão a lançar sobre os países bálticos, a Grécia e outros em situações análogas… imaginem o que estão a ponto de fazer aos lacaios internos destas politicas as populações destes próprios países!
(*) Michael Hudson e Jeffrey Sommers, Revista Sin Permiso
* “Confirmaram-se os piores receios... primeiro-ministro grego afirmou hoje perante o Parlamento que os danos da crise que assola o país são "incalculáveis"
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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