Ler noticias nos jornais ou “vê-las” nas televisões (e também dar demasiada importância a bloggers cada vez mais convertidos ao serviço das corporações) é a forma mais perfeita que o leitor (ou ouvinte) tem de se converter num robot. O objectivo essencial da “notícia expresso” é a mesma da comida rápida: a informação não está orientada a alimentar o conhecimento, mas apenas a engordar a ignorância massiva.
Utiliza-se a estrutura mediática para reconverter o cérebro humano num microchip repetidor de slogans ao serviço da dominação, sem que seja preciso recorrer ao uso das armas da repressão policial ou militar.
Neste sistema modulado como sendo “um mundo único” apenas uma escassa minoria elabora e consome “análises ou interpretações” sobre os acontecimentos que se vão sucedendo. A nível massivo “as noticias” ou “a informação” publicada sintetizam-se em títulos, bitaites e parágrafos curtos que se resumem a si mesmos. Nascem e morrem com a mesma velocidade da leitura. (Manuel Freytas)
Não há contexto, não existe história, não há relação nem causalidade entre um acontecimento e outro acontecimento, e as “noticias”, como as imagens só se fixam (e desaparecem) na retina enquanto olhamos para elas, as lemos ou as escutamos. Para as agências de comunicação, diários e grandes cadeias mediáticas este formato de “consumo” é o ideal. O que é que esses tipos auto- denominados de “direita e esquerda pela liberdade” (hellas, o mundo único) que são levados ao colo pelos jornais querem mais?
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Uma simples mistificação dos economistas da escola neoliberal norte-americana, fazendo tábua rasa da distinção entre o Valor de Uso e o Valor de Troca das mercadorias de Karl Marx em “O Capital” moldou o mundo do pós-guerra tal e qual o conhecemos. Neste sentido, só o Presente é nosso, não o momento passado nem aquele que aguardamos, porque um está destruido, e do outro, se não lutarmos, não sabemos se existirá.
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