Thomas Hobbes (1588-1679) defendia que a boa governação dependia do equilibrio entre o número da população e os recursos naturais de que o grupo dispunha. Era necessário um esforço produtivo, contenção no consumo e o recurso à emigração para captar novas riquezas, ou em caso extremo o recurso à guerra. É neste modo de pensamento que se fundamenta a célebre frase "o homem é o lobo do homem". O paradigma produtivo mudou, hoje, não fossem os desvios da Nobreza (1), existiriam recursos para todos. No entanto haverá sempre adeptos da pilhagem pura e dura. Podem dispor de meios para continuar incólumes a perpretar esse tipo de actos, porém terão de ouvir das boas
a escalada fica a dever-se à nóvel administração Obama(3). E Portugal, na boa tradição ministerial de Miss Carlota Joaquina de Sacaduca Fardas, assim baptizada pelo clássico "arrebenta", resolveu, na pessoa de Augusto Santos Silva sentado nas patas traseiras da submissão militarista e mercenária, continuar a contribuir, quiçá aumentar, a empreitada - eufemisticamente mascarada sob o palavroso léxico "Força Internacional de Segurança e Assistência" (ISAF na sigla em inglês). Desde 2002 totalizam já 2130 militares os que se dispuseram a investir alguns meses de risco em prol de uma choruda remuneração como gendarmes de um país onde o desemprego e a falta de perspectivas profissionais não páram de crescer (e por cujo esgoto se esvaem as exportações do Cavaco). Mas o pré dos magalas são trocos, longe de serem despreziveis (sempre darão para uma casinha nas berças, como deu a qualquer sargento da Guerra Colonial). Bem haja o elástico orçamento de contenção do Estado que tão tenebrosos sacrificios suporta, sem um pio de discordância da população em relação à quadrilha de botas cardadas e galonas de cinco estrelas a que não falta nunca a solarine de brunir o esplendor da glória saída da lama. Hic et Nunc, meus generais, no facturar é que se somam os ganhos; e a ligeireza dos que detêm o poder, a desumanidade (2)dos que não põem os butes na guerra, e no entanto engordam com ela.
ATTAC: "A Cimeira do G20, ou esta depressão que (a alguns) anima. Terminou a cimeira de Toronto, essa instituição não democrática dos países mais poderosos do planeta, cujas conclusões são a completa rendição dos seus governantes ao capital financeiro mundial (...) Em nada se progrediu nas medidas concretas para o reforço da fiscalização e do controlo do sistema financeiro mundial, para combater as operações especulativas que sacrificam os países e a "economia real" ou para eliminar os paraísos fiscais, centros de branqueamento de capitais de origem criminosa, de operações financeiras ilícitas e de fuga aos impostos. Como grande conclusão, o consenso foi a prioridade às medidas de austeridade. Ou seja, traduzindo para a língua dos cidadãos comuns, o apoio às medidas de aperto do cinto dos que menos têm... (ler o resto)
(1) Os membros do Clube Bilderberg denominam de "comedores inúteis" a população sobrante, forçada e condenada artificialmente à inacção produtiva e à apatia política
(2) 57% dos americanos vêem um grande perigo num governo que concentra demasiados poderes. (video)
(3) a Europa, França, Alemanha e Reino Unido, utilizam informações de serviços secretos estrangeiros obtidas sob tortura. E Portugal não? (fonte)
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