adenda; relatório final:
"O ano passado o Bilderberg reuniu-se na Grécia. Um ano depois o país está na bancarrota e há motins nas ruas pela sobrevivência. Este ano o Bilderberg reuniu-se em Espanha. E as populações ibéricas perguntam-se se dentro de um ano a Espanha não estará na mesma situação da Grécia"
"Os dados estão lançados, o jogo é claro e quanto mais tarde identificarmos as novas regras mais elevado será o custo para os cidadãos europeus ...
... a luta de classes está de volta à Europa e em termos tão novos que os actores sociais estão perplexos e paralisados. Enquanto prática política, a luta de classes entre o trabalho e o capital nasceu na Europa e, depois de muitos anos de confrontação violenta, foi na Europa que ela foi travada com mais equilíbrio e onde deu frutos mais auspiciosos. O relatório que o FMI acaba de divulgar sobre a economia espanhola é uma declaração de guerra. Os movimentos e as organizações de toda a Europa têm de se articular para mostrar aos governos que a estabilidade dos mercados não pode ser construída sobre as ruínas da estabilidade das vidas dos cidadãos e suas famílias. Não é o socialismo; é a demonstração de que ou a UE cria as condições para o capital produtivo se desvincular relativamente do capital financeiro ou o futuro é o fascismo" (Boaventura Sousa Santos)
Sobre a ingenuidade da foto das comemorações "republicanas" de Aveiro, para quem não liga certos revivalismos em relação à situação actual, sempre se vai recordando que os hinos à produtividade a baixo custo (pela pátria) com que se incitou anteriormente a juventude, nasceu com o artista judeu Erwin Singer, em “Os Escuteiros” (1932) que enaltece as virtudes da militarização do Trabalho no escutismo judaico. Foi aqui que os Nazis se inspiraram para criar as Juventudes Hitlerianas, da qual Salazar copiou a ideia para a Mocidade Portuguesa. (óleo sobre tela exposto no Museu Judaico de Berlim)
3 comentários:
Há um comentário a este texto do Boaventura Sousa Santos no jornal Avante desta semana:
http://avante.pt/noticia.asp?id=33898&area=25
É também interessante ler os comentários feitos onde o texto foi publicado:
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16656#
Seria de esperar o choque quando se confrontam reformistas (PCP) com revisionistas (neo-marxistas) na luta pela hegemonia na esquerda, contudo ambos apelando a uma certa conciliação entre as classes sociais. A desunião faz a fraqueza.
Quanto aos comentários, para mim o mais esclarecedor é este:
"Se o capital financeiro atualmente existente no mundo, mesmo expurgado de sua parte podre, que não é pouca, entrar na produção, a tendência à queda da taxa de lucro vai se concretizar de um modo catastrófico para o capitalismo. Dificilmente o casino financeiro voltará a ser uma fábrica"
Enviar um comentário