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A situação no terreno tem vindo a agravar-se ultimamente com os ataques a entrepostos de mercadorias e às centenas de comboios de camiões que diariamente rumam para abastecer as tropas da Nato. Vieram agora a lume indícios de que são os próprios fornecedores locais dos abastecimentos às tropas que colocam bombas nos camiões, os incendeiam e apresentam as contas, cobertas pelos seguros dos contratos, às autoridades americanas que gerem as operações militares – que as pagam. Por sua vez esse dinheiro serve para pagar novas acções do género aos “talibans” e assim sucessivamente. Este cenário não é novo, foi recorrente durante a “nossa guerra do Ultramar” onde qualquer insignificante sargento enriquecia com a encenação de “destruição de abastecimentos pelo inimigo”, enquanto eram vendidos a civis pela porta do cavalo. Posto isto, obviamente, na medida em que o negócio evolui até aos mais altos níveis, ninguém das autoridades militares estará interessado em acabar com a guerra.
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Fontes: “Nato contractors 'attacking own vehicles' in Pakistan” e “Afghan contractors 'fund Taliban”
As vias de comunicação da corrupção. O estratégico Desfiladeiro de Khyber
- Mais de 80% dos fornecimentos da Nato, material militar e abastecimentos, vêm do Paquistão
- A maioria percorre de camião 1900 quilómetros desde o porto de Carachi para Cabul através desse desfiladeiro
- Mais de 1000 contentores e atrelados viajam por ali diariamente a caminho de Cabul
- O Desfiladeiro de Khyber tem 53 quilómetros de comprimento entre montanhas que ultrapassam os 1000 metros de altitude
- Cerca de 150 camiões por dia percorrem a via entre Chamam a caminho de Kandahar
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Coitadinho...
“Dói-me o coração... não quero que o meu filho Mirwais… os vossos filhos, sejam amanhã também refugiados e se tornem estrangeiros” - No dia internacional que pretendeu comemorar a literacia na zona verde libertada pelas tropas norte americanas, o presidente-fantoche Karzai desatou a chorar durante o discurso. Comentário de um ex-diplomata: “os afegãos que votaram neste gajo, não votaram no irmão, no sobrinho dele nem na sua tribo; aqui toda a gente com o apelido Karzai pode ter uma forte posição no poder, esta é que é a questão importante. Até quando teremos de gramar actividades criminosas aos mais altos níveis e deixar andar?” (fonte)
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