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quinta-feira, outubro 21, 2010

prémios de merda

...medalha "Faremos tudo por Dinheiro"

a União Europeia decidiu atribuir um galardão que leva o nome de um dissidente da ex-Urss a um dissidente cubano, que assim se celebriza (e empocha mais umas massas como qualquer participante num improvavel big-brother politiquês) na qualidade de um semi-analfabeto com actividades do foro do delito comum (em 2003 foi acusado de, em conjunto com um grupo bem identificado de “dissidentes”, ter recebido avultadas quantias traficadas por entidades estrangeiras para conduzir no interior de Cuba actividades que visam a queda do regime Constitucional e a respectiva perda de independência nacional do país).

Face à existência de zonas no planeta onde persistem povos que se recusam a ser usados pela “economia de mercado”, essas Entidades não olharão a meios e dinheiro empregue para destruir e captar para a sua esfera as áreas de influência onde mandam“esses rebeldes” capazes de tamanha ousadia.

A “posição comum” da Europa que visa restringir as relações com Cuba e que nega colaborar no levantamento do bloqueio enquanto a ilha não acatar as “reformas democráticas” foi introduzida em 1996 como politica oficial da EU por iniciativa do neoconservador José Maria Aznar (um amigo pessoal de Bush). Quando recentemente Cuba, segundo mediação do Vaticano, decidiu libertar um grupo de “dissidentes” presos, quem os recebeu em Madrid foi José Maria Aznar.

Mas depressa as ilusões se desfizeram – os exilados, que vinham alucinados pelas promissoras benesses do capitalismo, logo se queixaram de ter sido usados e descartados como material já sem préstimo – enfim, uma importação de Lixo, em nome dos famigerados direitos humanos. Por falar nisso, há vítimas verdadeiras, inclusive de tortura, que também chegam a Madrid vindas de Cuba, mais concretamente de Guantânamo, que viajam de noite através da EU para lá e para cá, mas sem os holofotes dos media corporativos.

Na véspera da atribuição do prémio a Guillermo Fariñas Hernández, numa acção concertada, Barack Obama falou também sobre Cuba à imprensa do lado dele: "Acho que qualquer libertação de prisioneiros políticos, qualquer liberalização que aconteça em Cuba é positiva para seu povo", mas continuou Obama: "ainda não vimos todos os resultados das promessas
Promessas sobre os direitos humanos (de facto ad-nihil) deveriam abranger na vida real inclusivé a Espanha, cujo regime liderado pelo “socialista” Felipe González (um aznar de “esquerda”) executou extrajudicialmente dezenas de prisioneiros da ETA no tempo em que foi 1ª ministro. Não consta que esses crimes (e o exercício de tortura que se continua a abater sobre o Povo Basco) estejam em vias de ser punidos
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5 comentários:

Anónimo disse...

Apesar de tudo, gostava de ler a sua opinião acerca da libertação dos dissidentes, ou presos políticos, com aspas ou sem aspas.

xatoo disse...

"Dissidente será alguém que quando não concorda com o Grupo onde se insere só lhe resta abandoná-lo e combatê-lo por inteiro a partir de fora - já que não conseguiu contestar e/ou modificar o Grupo fazendo prevalecer as suas ideias individuais dentro dele.
No caso do(s) "Dissidente(s)" cubano(s) é isso que acontece, e aconteceu evidentemente pela perspectiva de um lucro material mais ou menos imediato. Desde o 2 mandato de Bush a Administração dos Estados Unidos "deu US$ 3,8 milhões de dólares para promover a liberdade de expressão, especialmente entre artistas, músicos, escritores, jornalistas e bloguistas". Parece-me que fica clara a diferença entre uma eventual dissidência politica que não pode ser silenciada e actos ilegais obscuros a favor de terceiros. E de facto existem enormes diferenças de opinião dentro das Assembleias locais e dos CDR em Cuba... tudo orgãos democráticos que funcionam dentro das estruturas legais
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Anónimo disse...

Não perguntei a sua definição de dissidentes, mas a sua opinião acerca da sua libertação.

Anónimo disse...

los etarras de la eta son unos asesinos

Anónimo disse...

"angel carromero barrios"