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Sem dúvida, a Greve Geral deveria ter sido convocada logo após a mega-manifestação de 29 de Maio último em que participaram mais de 300 mil trabalhadores. Mas não houve vontade politica dos directórios sindicais nisso, porque a principal central sindical do país recebe fundos do Estado, de outra forma não poderia ter qualquer actividade ou talvez sequer sobreviver. Todos, “vermelhos” (conciliadores com o “bom capitalismo”) e amarelos, comem à mesma mesa do orçamento do Estado. E pelo meio fazem o frete de esperar que o Governo acabe de implantar as medidas de austeridade, sem grande alarido. Nestes termos,
o movimento operário está completamente desarmado, a organização é incipiente ou mesmo inexistente, e por aí fora, até à mais completa indiferença, num país onde o factor Trabalho foi deliberadamente levado à falência o panorama é desolador.
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Por esta altura, e com a participação activa desses 300 mil manifestantes, ampliados pela euforia popular em mudar de vida, dever-se-ia era estar a convocar uma
Greve Geral com duração ilimitada até que as medidas do PEC fossem revogadas... mas quando chegar a hora, tarde e a más horas, ficarão as boas intenções, aquelas que o Governo melhor digere
.
2 comentários:
Você disse "movimento operário"? minha nossa! o que é isso?
O Zé portuga só vai "mexer-se" se o Benfica ou o Porto forem erradicados da vida deles. Até lá, continuam a ter o seu fundo de maneio retirado dos certificados de aforro para o seu dia a dia.
Depois...
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