“Em vez de a economia matar o défice, é o défice que está a matar a economia” (Bernardino Duarte)
Parece haver um interesse deliberado para que a economia nacional deixe de funcionar para a maioria dos portugueses (passados a meros promitentes consumidores de subsistência). Como evidência de que assim é, face aos planos de austeridade para quasi-todos, temos o pouco ou nada que se corta na ínfima minoria de beneficiados de sempre, com destaque para a quase isenção de consequências para os responsáveis pela fabricação, eclosão e gestão da crise – o peixe graúdo do sector financeiro e a sua desproporcionada entouráge que faz a assessoria dos negócios privados à custa do Estado.
Citando Vasco Correia Guedes: “que todo este mundo se afunde e desapareça, com os seus cartões de crédito de “representação” e os seus carros de empresa, com as suas casas no Recife e as suas férias na Tailândia” não nos devia comover. Não é o caso – “a crise irá poupar esta piolheira” insustentável, porque o que se pretende é tranferir a fonte da sua alimentação a partir da migração de capitais de economias de outros povos a canibalizar.
Face a esta intenção, não há crise para os que servem “a crise”:
- “O governo recua e volta a admitir a acumulação de salários e pensões na função pública”.
- Apesar do congelamento, “Parlamento contrata mais 20 funcionários e a Segurança Social também contrata”
- “Estado financia empresa do grupo Mota-Engil”
- “Sócrates renova avenças de assessores dias antes da entrada em vigor das novas disposições do PEC3” (fonte)
- “Antigo accionista do BPN vende ao próprio banco acções que valem 1 euro por vinte milhões de euros (3 vezes mais que o seu valor) enquanto o Estado continua a acumular o prejuízo avaliado em 4.300 milhões de euros do banco “nacionalizado” (fonte)
- “Enquanto o Estado avaliza as dívidas persistentes das empresas públicas com dinheiro de empréstimos especulativos obtidos nos “mercados” bolsistas internacionais, os gestores destas empresas obtêm aumentos salariais milionários. Citando apenas 3 casos: a presidente do Porto de Lisboa passou de 4.752 € para 6.357 € (+34%); o presidente da Carris de 4.204 € passou para 6.923 € (+ 65%); e o presidente da CP de 4.752 para 7.225 € (+52%). Embora o governo desminta esta denúncia (que partiu do PSD), pelo desmentido ficamos a saber que a remuneração base dos presidentes da REFER, CP e Metro de Lisboa é superior a 7.200 euros mensais. (fonte)
Por estas e por outras, é que os portugueses estão em vias de extinção. Ou emigram aceitando a sugestão dos inúmeros programas televisivos que começam por aí a fazer escola, ou, sabendo que apenas serão considerados como contribuintes líquidos para pagar o escandaloso forróbódó, fazem greve de nascença - só este ano já houve mais 100 mil tipos,,, que se recusaram a nascer…
ora pensem lá bem, (aqueles a quem a implosão da URSS deu tanta alegria), o que é que os Europeus estão a ganhar com o desaparecimento daquele contrapoder face ao Império único que agora enfrentamos?
Em França o choque social está a tornar-se dia para dia mais violento. A policia prendeu ontem 30 pessoas durante acções cada vez melhor organizadas por manifestantes que atacam os bancos,
1 comentário:
Rima e é verdade.
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