o Banco Espirito Santo emitiu em 2009, (dois anos após o crash de 2007) mais 1,5 mil milhões de dívida com garantia do Estado em nome do povo português

(facsimile daqui)

O sistema bancário paralelo sobreviveu ao Crash. O salvamento dos bancos privados com dinheiro do Estado espoiado aos contribuintes permitiu-lhes manterem-se em funcionamento, continuando com operações por baixo da mesa, isto é, alavancagens financeiras clandestinas, que podem ser subtraídas a toda e qualquer vigilância. Aliás, regulamentação que já era inexistente e assim continua. A criação de dinheiro sem qualquer relação com a economia real assente na produtividade do Trabalho, continua a produzir um silêncio que não desata a lingua dos comentadores nos Media, enquanto lhes continua a dissolver o ar dentro dos bolsos com papel a fingir dinheiro sólido. As transações financeiras feitas no seio do shadow banking system representavam em 2007 quase o dobro das transações inscritas nas contas do sistema bancário legalista, isto é, as susceptíveis de serem controladas, ou inclusivé, de ao menos serem alvo de um recenseamento estatístico pelos Bancos Centrais. Esse sistema paralelo em 2010 continuou a ser estimado em 20% superior ao das operações que podem ser alvo de um controlo.

A subida rápida do desemprego, o excesso de produção instalada, as existências não vendidas, as capacidades de produção inutilizadas – são tudo manifestações dos excessos das capacidade obtidas pelo crescimento artificial com dinheiro criado com lucros sobre o dinheiro, valores que desde o crash de 2008 são ainda incalculáveis

(fonte do gráfico: Segunda Grande Depressão)
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