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mon petit portugal |
Abril não volta! e os militantes da linha "da frente" não devem andar a debitar abstracionismos, sob pena de se transformarem "nos de trás". Antes do mais é necessária uma
revolução cultural, ter a coragem de actualizar o léxico ideológico. Abandonar a ilusão da bajulação europeia que destinou os portugueses a fazer camas de hotel e servir à mesa os turistas ricos. Numa
sociedade como a nossa, dependente e terceirizada o que significa o "Proletariado"? e "Intervenção de Massas"? para concluir ser precisa "
uma acção apontada para o futuro, que faça frente ao capitalismo de hoje". Mais uma abstração: que "Futuro" e em relação a que Passado? ao da famigerada aliança Povo-MFA?. "Povo", outra abstração: o povo das conquistas de Abril (como as catadupas de pseudo-comunistas enfiados com empregos na função pública. estão à espera de fazer uma revolução com empregados de escritório e call-centers? como esse
"Povo" cuja maioria assistiu paulatinamente à desindustrialização do país confortavelmente instalado atrás de secretárias. Pudera. Corria-lhe o "Capital" assistencialista à improdutividade a curto prazo de olhos postos em recuperá-lo em centuplicado no médio prazo. E o P"C"P a ver.
Melhor seria que se reciclassem e auto-educassem a vista grossa para ver
onde está hoje o capital contemporâneo, não o "capital" abstracto, ou o capital financeiro produzido artificialmente - indefinição que leva o autor deste escrito a fingir chegar à conclusão de "ser necessária uma acção politicamente independente que ouse levantar as suas exigências de classe contra os interesses do Capital". o proletariado é uma "classe"? e homogénea? - melhor seria para a sanidade pública dos portugueses que "os da frente" vissem onde está o
verdadeiro Capital, o que é assente no Valor-Trabalho (acumulado, planificado e controlado por um Partido Comunista), o capital que está neste momento a produzir uma revolução à escala global. E os do "P"C"P a (não) ver.
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