Quando Mario Draghi anunciou "a Bazuca", o programa de compras em larga escala de dívida pública hoje parqueada nos bancos comerciais, e que, supostamente, os impede de dar crédito à economia para que esta possa crescer, a noticia foi: "BCE. As empresas estão no centro do dos 21 mil milhões disponiveis. Ganhará direito ao usufruto da "
pipa da massa" (na expressão de Barroso)
quem prometer crescimento baseado na exportação e emprego.
Do bodo de papel impresso pelo BCE, 500 mil milhões a nivel europeu,
Portugal (
os bancos portugueses, entenda-se) é brindado com
25 mil milhões de euros. Na sequência da decisão do BCE o alegado
"Plano Juncker" propunha um investimento para privados (outra vez os bancos) para reanimar a economia
com os tais
milhões e milhões de euros. Com esse fundo de investimento para a Europa a Comissão Europeia
estimou uma criação de 1,2 milhões de empregos, menos papista que a Organização Internacional do Trabalho que
disse seriam 2,1 milhões de postos de trabalho a criar. Baseado no estudo das Perspetivas Económicas Mundiais, ontem divulgado, a lider do Fundo Monetário Internacional Cristine Lagarde anunciou que na parte que nos cabe como "europeus"
a "retoma de Portugal" só vai criar sete mil empregos este ano.
Comprende-se, perante a perplexidade dos alemães do Bundesbank começaram rapidamente as manobras para mudar de azimute: "
o que precisamos é de dinheiro nas carteiras dos consumidores", sugeriam influentes lobies.
Consumo sim, Trabalho não - mais do mesmo. Comprem o que as
multinacionais estrangeiras têm em capacidade de sobreprodução, vegetem comodamente quietinhos e desindustrializados, pesquem na prestação de
serviços a turistas ricos - a tramóia do Tratado de Lisboa ofereceu-vos um cluster
porreiro, pá.
um complexo gigantesco gerido por protozoários induzidamente improdutivos
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