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sábado, setembro 22, 2007

(isto não é notícia)

Finalmente Sua Excelência o Ministro da Saúde, graças à autonomia do Poder Local consegue respirar de alívio ao ver as responsabilidades do Estado Português serem resolvidas por outrem (no caso, um país do terceiro mundo tido como pobre):

"Acordo com a cidade cubana de Playa evita espera nas listas nacionais - Munícipes de Vila Real de Santo António operados em 15 dias"

Catorze pacientes de Vila Real de Santo António partem este sábado para Cuba para serem operados, no âmbito de um acordo de geminação da autarquia com a cidade Playa, nos arredores de Havana. Um dia antes, sexta-feira, regressam dez munícipes a casa já operados em Cuba. De acordo com o presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, já estão inscritos para intervenções cirúrgicas cerca de 150 munícipes.
No âmbito do acordo, o município algarvio transfere todos os anos para Playa 50 mil euros, para serem investidos, sobretudo, na área da educação. "Não se trata de uma contrapartida, mas de um protocolo de cooperação e isso foi bem frisado tanto por nós como pelos nossos colegas de Playa", salientou Luís Gomes à Agência Lusa.
"Não tenho complexos nem pruridos ideológicos (por se tratar de um regime comunista), o que me interessa enquanto autarca é o bem-estar das pessoas do meu concelho e nisso sem dúvida temos ajudado a resolver problemas graves", disse. Segundo o autarca, grande parte dos doentes que viajam para Cuba "estavam há anos em listas de espera". "Graças a este protocolo, os tempos de espera não excedem as duas semanas, entre o momento da inscrição e o momento da operação", garantiu. Por outro lado, as condições técnicas e a própria logística de internamento "são fabulosas" para os habituais padrões portugueses, acrescentou.
(fonte: Jornal de Noticias)

Entretanto outros 150 doentes com problemas de visão estão (ou vão) também ser seguidos em Cuba ao abrigo da mesma cooperação no âmbito da "Operação Milagro"
A maioria destes doentes consegue resolver o problema. Mas houve também quem não tivesse tanta sorte. José Romão esteve «cinco anos à espera» de um exame no Hospital Distrital de Faro. Quando chegou a Cuba, diagnosticaram-lhe uma retinopatia, que, anos depois, já não tem cura. «É de lamentar e é triste e é vergonhoso dizer, como os próprios médicos disseram em Cuba, que hoje em dia tirar uma catarata é como tirar um dente. E há pessoas que levam cinco anos para tirar uma catarata neste país», declarou.
(fonte Iol/TVI)

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